sexta-feira, 6 de abril de 2012

A PALAVRA PROFÉTICA CONSTITUI UMA REVELAÇÃO DE DEUS SOBRE O FUTURO.


PREÂMBULO

Depois de termos, através de estudos de Teologia Sistemática, publicado: A Doutrina sobre Deus, A Doutrina sobre Cristo, A Doutrina sobre o ESPIRITO Santo, A Doutrina sobre o Homem, A Doutrina sobre o Pecado, e A Doutrina sobre a Salvação, de-
veríamos, agora, de acordo com a ordem tradicional, seguir com A Doutrina sobre a Igreja, e a Doutrina sobre os Anjos e, finalmente, com a Doutrina, Sobre as Últimas Coisas, mas esta, por orientação da ESTEADENE, foi antecipada, ficando par posterior publicação as duas que imediatamente a antecedem.
   Esperando que este estudo possa aumentar aos interessados o conhecimento das doutrinas, entregamos ao público evangélico mais esta nossa humilde cooperação.

                               A PALAVRA PROFÉTICA
      O estudo sobre os acontecimentos dos últimos tempos, também chamado "escatologia" últimos, + logos - tratado) é uma das grandes doutrinas bíblicas; um assunto riquíssimo.
             
      A. A PALAVRA PROFÉTICA CONSTITUI UMA REVELAÇÃO DE DEUS SOBRE O FUTURO.
Deus é onisciente e pela palavra profética Ele participa aos homens algo sobre "os tempos e estações, que estabeleceu pelo seu próprio poder", At 1.7.Estas revelações proféticas de Deus são como história antecipada", pois revelam "as coisas que breve hão de acontecer", Ap 22.6.
         1   A palavra profética é, assim como toda.Bíblia o é, inspirada pelo Espírito Santo, 2 Pe 1.21. O próprio Jesus falou muito sobre os acontecimentos no futuro, às vezes usando parábolas. Luc 17.24; Mt 25.1-13,14-19, etc.; outras vezes falando "abertamente, sem usar parábolas Jo 16.29; Jo 14.1-3. O seu precioso ensino foi registrado pelos apóstolos sob inspiração do Espírito Santo.
   O Espírito Santo tem, através dos tempos, falado pelos profetas e pelos apóstolos sobre as coisas que estão para vir. Embora nem sempre entendessem aquilo que profetizavam (I Pe 1.9- 12), escreveram sempre sob a inspiração do Espírito Santo, Mc 12.36; 2 Sm 23.3; Hb 3.7; At 3.21; 28.23. É por isso que temos hoje a riqueza das palavras proféticas, que constituem um código divino sobre o futuro.
  2. A palavra profética é a única fonte de conhecimento real sobre o futuro! O conhecimento do futuro pertence somente a Deus, que o vê como se fosse hoje, pois a Bíblia diz que "um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia", 2 Pe 3.8; SI 90.4. Todos os homens são limitados! Nenhum de nós consegue ver nem o que sucederá no dia de amanhã, pois existe um véu impenetrante, que im pede a visão do futuro. Porém, por meio da palavra profética, poderemos conhecer algo sobre as coisas do futuro.
    a. Os que creem em Deus e na sua palavra não dão valor nem atenção às afirmativas de futurólogos, adivinhadores,astrólogos astromantes e outros que vaticinam e fazem prognósticos sobre o futuro, porque os seus pensamentos e a sua ciência vêm, uns de fontes humanas, e outros, da influência de espíritos de feitiçaria e de magia. Por isso as suas explicação e afirmativas não merecem  te segurança nem confiança
   b. A palavra profética, por ser inspirada pelo Espírito Santo, é uma revelação perfeita e completa, da qual nada se pode tirar, ou à qual nada se pode acrescentar,
 Ap 22.18,19; Dt 4.2; 12.32; Pv 30.6. Convém salientar que as mensagens por meio do dom de profecia, ou do dom de línguas com interpretação trazidas à igreja, ainda que, às vezes, contenham revelações sobre acontecimentos futuros, não se podem equiparar à PALAVRA DIVINAMENTE INSPIRADA DA BIBLIA e nem servem de base para doutrinas, mas se destinam, de acordo com a Bíblia, à "edificação, exortação e consolação", 1 Co 14.3
       C. Para alguém obter segurança nos estudo sobre os acontecimentos dos últimos tempos,seja para base de suas próprias opiniões, para ensino, é imprescindível "não ir além do que está escrito", 1 Co 4.6. Todas as coisas que Deus revelou na palavra profética, são "para nós e para nossos filhos" (Dt29. 29), porém existem coisas que: Deus não revelou; essas "são para o Senhor nosso Deus", Dt 29.29. Sendo assim, não convém o procurarmos explicar as coisas que a Bíblia não revela aquilo de que Jesus disse: "Não vos pertence saber...”, At 1.7. Devemos sempre basear-nos no que diz a PALAVRA DE DEUS.
B. A PALAVRA PROFÉTICA PODE SER SUBDIVIDIDA SEGUNDO VARIOS ASPECTOS.
1. Entre as milhares de profecias da Bíblia destacam-se três grupos de profecias:
   Profecias sobre a Pessoa e obra de Jesus. O Velho Testamento é cheio de profecias que relatam, minuciosamente, acontecimentos da vida, da morte e da ressurreição de Jesus.
  Existem ainda profecias sobre "a glória que se lhe havia de seguir" (1 Pe 1.11) que estão' preste a se cumprirem
    b. Profecias sobre o povo de Israel. Temos centenas de profecias sobre Israel, que abrangem todos os acontecimentos principais da sua história. Existem profecias sobre nascimento dos pais, sobre a saída do Egito, e a entrada em Canaã, sobre as vitórias e derrotas, sobre o êxodo para a Assíria e para a Babilônia, sobre a dispersão do povo entre as nações e sobre o seu retomo à Palestina e sobre a reino de Israel no Milênio cumprimento das' profecias sobre Israel  presente, constitui uma das provas incontestáveis da veracidade da Bíblia e da sua inspiração divina.

    C. Temos ainda as profecias sobre a sequencia dos últimos acontecimentos dos últimos acontecimentos. Estas são a base da escatologia, que neste- livro iremos estudar.
2. Quanto ao seu cumprimento, podem ser subdivididas em dois grupos:

   a. Profecias que já se cumpriram. Uma grande parte das profecias da Bíblia já se cumpriu. A primeira profecia Gn 3.15, e se cumpriu em parte quando Jesus morreu no Calvário. O cumprimento total e perfeito será quando Satanás tiver sido lançado no Inferno, AP 20.10 Através dos séculos, cumprem-se as profecias, porque "O Senhor, o Deus dos santos profetas" (Ap.22.6), disse: "Eu velo sobre a minha palavra para a cumprir", Jr 1.12; Rm 9.28; Js 21.45; 22.14,15; At 3.17,18.

      b.  Existem muitas profecias, cujo cumprimentos será no futuro.São estas os acontecimentos dos últimos tempos e do fim do mundo,que e o assunto deste livro.Podemos distinguir algumas delas:

     1) uma parte da palavra profética é chamada "os sinais dos tempos", que significam fatos profeticamente preditos e que, quando acontecerem, provarão que outros acontecimentos também do mesmo modo anunciados, estão por acontecer. Vários destes sinais que provam que a  vinda de Jesus está às portas já se cumpriram, e outros cumprem-se aos nossos olhos.

     2) as profecias sobre o primeiro grande acontecimento do futuro, a vinda de Jesus nas nuvens, são muitas e maravilhosas; o cumprimento delas é iminente;

       3) as profecias Sobre a grande aflição, e sobre o reinado do Anticristo com o falso profeta,dão uma ampla visão dos tempos difíceis que hão de vir;

      4) as profecias sobre a volta de Cristo em glória, junto com a Igreja glorificada
para vencer o Anticristo e estabelecer o Milênio, são maravilhosas;

       5) finalmente temos as profecias sobre o fim do mundo, a ressurreição dos mortos, e o julgamento final diante do trono branco, seguidos da eternidade. Todas estas profecias terão o seu literal cumprimento, com a mesma exatidão que tiveram as que já .se cumpriram.
          
  3. Ensinos sobre os últimos acontecimentos que podem ser apreciados de quatro maneiras:

   a) O que irá acontecer. Sobre este título estudam-se "as coisas que em breve hão de
acontecer" (Ap 22.6) e isto por ordem cronológica.

    b) Quando serão estas coisas, Luc 21.7. Neste grupo estuda-se sobre os "sinais dos tempos", pelos quais podemos ver que "se vai aproximando aquele dia", Hb 10.25. Estes sinais, porém, jamais fixam a data "daquele dia e hora" (Mt 24.36), pois Deus a reservou exclusivamente para si, isto é para a Santíssima Trindade.

    c) Como acontecerão estas coisas. Jesus ocupou-se muito, no seu ensino sobre os últimos tempos, de falar acerca de como seria o dia do Filho do Homem,
 Luc 17.24,26,27. Neste grupo estuda-se sobre a maneira como os diferentes acontecimentos, profeticamente preditos, irão acontecer.

   d) Quem subirá, SI 15.3; 24.3. Trata-se aqui do quarto grupo, que, aliás, deve ser a parte mais importante, pois nela estudamos o que a palavra profética fala acerca da maneira de nos prepararmos para subir com Jesus, na sua vinda.

C. A PALAVRA DOS PROFETAS É COMO UMA LUZ QUE ALUMIA, 2 PE 1.19.
O que a luz da palavra profética alumia:

       1  A palavra profética alumia-nos, quando nos adverte. Existem diferentes tipos de luzes de advertência, seja no tráfego, seja diante de perigos. Assim a palavra profética chama à atenção diante das coisas que estão por acontecer. Ela diz a todos: "E já a hora de despertarmos do sono" (Rm 13.11); afirma que devemos tomar as providências necessárias, para nos preparar, porque "a noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz",
Rm 13.12. A própria Bíblia salienta que "bem fazeis em estar atentos à palavra dos profetas, como uma luz que alumia" (2 Pe 1.19), e registra que nos devemos lembrar das palavras que foram ditas pelos santos profetas, 2 Pe 3.1. A Escritura afirma:
   “Bem-aventurado aquele que lê; e os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas, porque o tempo está próximo", Ap 1.3.

2. A palavra profética alumia as trevas. Importa que todos pressintam que estamos diante de grandes acontecimentos, e que apesar das trevas que dominam este tempo, existe possibilidade para todos, de serem vencedores, Rm 8.37. A palavra profética alumia-nos, mostrando Jesus "nos últimos tempos" derramando do seu Espírito sobre toda a carne, At 2.17 e que Ele dá poder "a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar"; At 2.39. Estes poderão dizer: "Tudo posso naquele que me fortalece", Fp.4.13.

       3. A palavra profética alumia nossa esperança. Todos os salvos receberam pela salvação uma Viva Esperança. A Bíblia diz: "ele nos gerou de novo para uma viva esperança", 1 Pe 1.3. Esta esperança abrange "as coisas que Deus preparou para os que o amam" (1 Co 2.9), seja para esta vida ou para a vida após a ressurreição dentre os mortos, quando haveremos de ver Jesus como Ele é (1 Jo 3.2) e alcançar "as riquezas da glória da sua herança nos santos", Ef 1.17. Quando esta luz nos alumia, podemos alegrarmos na esperança, Rm 12.11..
    4. A palavra profética alumia nossa mente, mostrando-nos quanto é iminente a vinda de Jesus. Assim como nos aeroportos se acendem, nas noites escuras, luzes na pista de aterrissagem, logo antes de o avião chegar, assim também alumia o futuro a luz da profecia, mostrando que tudo está pronto para Jesus descer nas nuvens. Na luz desta palavra bendita, nós dizemos;
“vem,Jesus!”. Ap 22.22
                    
                                 A PROFECIA CHAVE

   a) A PROFECIA CHAVE: AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
  Entre todas as profecias da palavra profética, há uma que se destaca das demais, pois ela constitui um código para percepção, tanto da sequencia segundo a qual os últimos acontecimentos se desenrolarão, como sobre aquilo que no futuro irá acontecer com os três grupos de pessoas, em que a Bíblia divide todos os homens, isto é, judeus, gregos (que representam todos os povos não judeus), e a Igreja de Deus, 1 Co 10.32.
    Trata-se da profecia sobre as 70 semanas, que por Deus foram determinadas.
para executar e concluir o seu plano com o seu povo e sobre a santa cidade (Dn.9.24-27), a qual profecia o arcanjo Gabriel, da parte de Deus, transmitiu a Daniel,
 Dn.9:,21-23.
       1 A significação da expressão "Setenta Semanas" • Trata-se aqui de setenta
semanas, em que cada "dia" representa um ano, são assim, 70 x 7, isto é, 490 anos, período em que Deus havia determinado executar o seguinte com o seu povo Israel e sobre a santa cidade:
Extinguir a transgressão, dar fim aos pecado & expiar a iniquidade, trazer a justiça   eterna, selar a visão e a profecia, e ungir o santo dos santos, Dn 9.24:,
     2 profecia subdivide as 70 semanas em três partes distintas. A primeira parte compreende "sete   semanas Isto é 7 x 7,ou 49 anos (Dn 9.25) e desça,com clareza,o começo dessas "semanas" - "desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém" (14 de março do ano 445 a C.),Ne 2.4-9. Daquela data, até à conclusão desse trabalho (Ne 2.4-9), passaram-se, realmente, 49 anos.
        b. A segunda etapa compreende "sessenta e duas semanas", isto é, 62 x 7, ou 434 anos, tempo que abrange da restauração de Jerusalém ao Messias, o Príncipe, Dn 9.25. É realmente impressionante observar que desde a data do decreto para a restauração, até à data da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (Mt 21.1-10) passaram-se exatamente 69 "semanas" ou 69 x 7, que são 483 anos. Que maravilha terceira parte compreende a última semana, isto é, a setuagésima semana, sobre a qual a profecia diz: "Ele firmará um concerto com muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares, e sobre a asa das abominações  virá o assolador .", Dn 9.27. Comparando esta expressão com a palavra de Jesus,  quando profetizava sobre esses acontecimentos (Mt 24.15,21), fica provado que a setuagésima semana, sem dúvida, representa o tempo da grande aflição.
      3. O “período em branco entre o fim das 69’ e o começo das 70’ semana, é chamado” “A dispensação da Igreja”.
a.  A contagem das 70 semanas parou. Já observamos que no fim das 69 primeiras semanas (7 + 62) cumpriu-se a profecia sobre o Messias (quando Jesus entrou triunfalmente em Jerusalém). No fim das 69 primeira semana, diz a profecia: "será tirado o Messias, e não será mais'; (a crucificação e ascensão de Jesus), “e o povo do príncipe que há de vir, destruirá a cidade e o santuário e o seu fim será com uma inundação (a destruição de Jerusalém no ano 70 D.C.) e até o fim haverá guerra”... ““, Dn 9.26.
     Observemos que aqui não se fala mais das 70 semanas, mas que a profecia revela que " ...chegado o fim", começará essa 70· semana, que é a Grande Tribulação, porque diz: "ele firmará um concerto com muitos por uma semana (o Anticristo fará um concerto com os Judeus Dn 9.27

      b. Porque parou a contagem das semanas. Após o cumprimento das 69 semanas, a profecia revela que "será tirado o Messias e não será mais", Dn 9.26. Isto aconteceu quando Israel rejeitou a Jesus, entregando-o aos gentios para ser crucificado, ocasião em que clamaram: "O seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos", Mt 27.25. Por isso Deus rejeitou Israel, que era o seu povo especial (:gl19.5,6; Dt 7.6; 14.2; 26.18), quebrando o da Oliveira verdadeira (Rm 11.17,20), da qual era "ramos naturais".
     Depois que Deus rejeitou Israel, parou a contagem dos 490 anos, porque as 70 semanas "estão determinadas sobre o teu povo,'  Israel," Dn 9.24.
       
    c.  O intervalo entre a 69 e a 70' semana é chamado "A DISPENSAÇAO DA IGREJA".
            Quando Israel foi rejeitado, quebrado da oliveira, Deus fez enxertar nela a Igreja, corno um "zambujeiro", Rm 11.17-21. Desta  maneira iniciou-se a presente dispensação, em que a Igreja é a representante de Deus no mundo, "o seu povo especial, zeloso de boas obras (Tt 2:'14), pela qual Deus, agora:;-faz conhecer a sua multiforme sabedoria, Ef 3.10.
      A duração desta dispensação desconhecida, porque ela durará até a vinda de Jesus nas nuvens, e "daquele dia e hora ninguém sabe", Mt 24.36. Uma coisa porém é certa: enquanto a Igreja permanece na Terra, o Anti cristo nao se po e mam estar. A Bíblia diz: "Já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado.E então será revelado o iníquo ( o anti Cristo) qual o Senhor desfará pelo assopro de sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda" (2 Tm 2.7,8), da vinda de Jesus em glória, após a Grande Tribulação.

    4. Um resumo dos principais acontecimentos conforme a profecia das 70 semanas:
             a. Vivemos agora no período intermediário  entre a 69 e 70 semana, que é a dispensação da igreja,é que durará ate a vinda de Jesus.
   .
    b. Com o arrebatamento da Igreja, iniciar-se-á a 70 semana, a Grande Tribulação,quando o Anticristo "firmará um concerto por uma semana", Gn 9.27.

     c Depois, na metade de 70ª semana anos, o Anticristo voltará o concerto, "fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares".       
  
    d. No fim de 70ª semana,virá Cristo em gloria e então virá a "consumação, e o que está ~; determinado será derramado sobre o assolador", Dn 9.27. °Anticristo será destruído,julgado e lançado no lago de fogo, Ap 19.20.

     e. Quando Cristo vier em Gloria,Israel,então tão, olhará para Ele, e se arrependerá, Zc 12.10; será salvo num só da, Is 65.8;Rm 11.25,26. O que Deus determinara para o seu '..: povo, após as 70 semanas, agora se cumpriu: "a justiça eterna" chegou a Israel, Dn 9.24. A nação está completamente restaurada e entra no Milênio para receber o que Deus preparou. para o seu. povo.
SINAIS DOS TEMPOS

     A palavra profética contém sinais evidentes de que a Segunda Vinda de Jesus, o principal dos
grandes acontecimentos dos últimos tempos, está às portas, isto quer dizer que JESUS VEM MUITO BREVE!

 A. O QUE SIGNIFICA "SINAIS DOS TEMPOS".
     1  "Sinais dos tempos" significa fatos profeticamente preditos que, quando acontecem,constituem prova de que outros também profetizados já aconteceram ou estão para acontecer. Nós temos na Palavra de Deus vários exemplos desses sinais: 1 Sm 10.3-7; Is 7.14; Lc 2.12; Jo 2.18-23.
    2  A palavra profética contém sinais que,quando acontecem provam que a vinda de Jesus está às portas. Quando os discípulos perguntara-a a Jesus que sinais haveria da sua vinda e do fim do mundo (Mt 24.3), Ele lhes falou de certos sinais, dos quais podemos inferir o seguinte:

     a.  Existem sinais reais, pelos quais é possível determinar que "O Filho do Homem já está às portas", Mc 13.29; Lc 21.31. Por meio deles podemos "conhecer o tempo" (Rm 13.1), ver "que se vai aproximando aquele dia" (Hb 10.25) e que "já está próximo o fim de todas as coisas", 1 Pe 4.7. Os que atenciosamente estão observando os sinais podem saber "o que houve de noite" (Is 21.11) e conhecer que "vem a manhã e também a noite".
   
 b. Embora os sinais mostrem que "o dia está perto", jamais se poderá estabelecer o dia certo da vinda de Jesus, pois "aquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai", Mc 13.32; Mt 24.36. Quando Jesus pronunciou estas palavras, NEM ELE MESMO SABIA o dia da sua segunda vinda, pois, a fim de ser "semelhante aos homens", aniquilou-se a si mesmo, e despiu-se da sua Glória Celestial, Fp 2.5-8. Mas após a sua morte e ressurreição, foi glorificado com a glória que tinha antes que o mundo existisse (Jo 17.5; Fp 2.9,10); por isto, AGORA, Ele sabe a hora em que virá buscar a sua Noiva. Aleluia! E esse. dia está bem perto, Fp 4.5
        DIFERENTES GRUPOS DE "SINAIS DOS TEMPOS".
 Podemos dividir os sinais dos tempos em vários grupos. como segue:

1.  Sinais em cima no céu
2.  Sinais em baixo na terra.
3.  Sinais na vida religiosa.
4.  Sinais na vida social.
5.  Sinais na vida moral
6.  O grande sinal da vinda de Jesus: O povo de Israel.
7.  A situação política entre as nações do mundo.
8.    Sinais entre o povo de Deus.
      Jesus disse: "quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto", Lc 21.32 devemos, pois, olhar com atenção para os sinais!

    1. Sinais em cima no céu. Assim como houve sinais no firmamento quando Jesus veio pela primeira vez MT também haverá sinais importantes no Sol, na Lua e nas estrelas antes, da vinda do Senhor (At 2.1; Luc 21.11; Jl 2.30,31), além de coisas extraordinário firmamento, que têm sido vistas por muitas pessoas em diferentes partes do mundo, como os misteriosos discos voadores, que vem criando espanto em vários países, inclusive no Brasil. É como se Deus quisesse fazer soar os sinos de despertamento para o mundo.
     2.  Sinais em baixo na terra. Como a terra reagiu quando Jesus morreu (Mt 27.51), assim haverá sinais em baixo na terra" (At 2.19), antes da Segunda Vinda de Jesus, Rm 8.22-25. Vamos agora ver alguns deles:
    
       a. Terremotos, Lc 21.12. Este sinal.continua a manifestar-se em várias partes do mundo. Se compararmos, através das estatísticas, o número de terremotos, veremos que, do nas cimento de Jesus ao ano de 1900, houve me nos terremotos do que entre 1901 e 1908 Torna-se real em nossos dias a profecia de Isaías 24.19.
   
       b. Fomes, Lc 21.11; Ap 6.8. Secas, catástrofes e outras causas têm motivado fome em várias partes do mundo. Desde o início do século tem havido períodos de fome na Rússia, China, Índia e outros países,. quando, i nforme  estatísticas oficiais, dezenas e dezenas de milhares de vidas têm sido ceifa- as. Carestia e escassez de víveres fazem parte da fotografia profética dos últimos tempos, AP 6.5-6.

       c. Pestilências, Luc 21.11. As estatísticas mostram como  doenças incuráveis" ceifam  a  vida de milhões de pessoas. O câncer ate agora não 'tem solução clinica. Quanto à peste, existe um sinal interessante em Ap 6.8, onde se fala de causas de mortes nos últimos tempos. Uma delas é: "as feras da terra". No original, esta palavra aparece no diminutivo, "pequenas feras". Isto certamente se re- fere aos ratos que são causadores da peste bubônica-:Conforme dados do WHO (mundial de Saúde), o aumento dos ratos  nos últimos quarenta anos tem sido de 600 por cento. Como exemplo, citemos que na Índia tem 1919, havia cerca de oito milhões.

3. Sinais na vida religiosa. A Palavra de Deus nos tem dado uma fotografia profética do que haverá entre os povos ao aproximar-se a vinda
de ratos e no ano de 19654 bilhões e 800 milhões. de Jesus. Sejamos vigilantes, para que possamos conhecer esses pormenores. Existem vários sinais quanto à atitude dos povos para com Deus e a sua Palavra
    a. Perseguições, Lc 21.12; Mt 24.9,10. Em vários países, o ateísmo tem promovido perseguições contra os crentes em Jesus. O número de mártires tem aumentado durante os últimos 60 anos. Em outros países tem havido perseguições provocadas por espírito nacionalista: acusam os crentes de terem abandonado a religião tradicional do país, para seguirem a religião dos brancos, dos capitalistas, etc. Em Ap 6.9-11 lemos a respeito dos que ainda haviam de ser mortos pelo nome de Jesus. Que todos nós sejamos fiéis até à morte! Ap 2.10

    b. Ecumenismo. Jamais na história da Igreja houve um movimento mundial como agora,com a finalidade de unir em uma só igreja a Igreja Romana e todas as denominações evangélicas, independente de confissão doutrinária. O que nos desperta é que isto será uma realidade logo após o arrebatamento, quando o falso profeta fará com que “a terra e os que nela habitam adorem...” AP, 13.12. É mais uma tentativa de construir outra torre de Babel, sem um fundamento aprovado por Deus, Gn 11.1-9. A união de que Jesus falou é diferente - é igual a que existe entre o Pai e o Filho, isto é, uma vida espiritual inteiramente submissa à vontade de Deus, Jo 17.21. Esta é a união que almejamos.
 
    c. Falsas doutrinas. Com referência a este sinal, mencionaremos três modalidades, embora haja inúmeras outras:
1) Falsos cristos, Mt 24.5; Lc 21.8. Esses têm havido, e ainda existem em várias partes do mundo, inclusive no Brasil;
2) Teologia Modernista, na qual uns negam o PAI, Jd l Jo 2.18-22...e outros negam o FILHO e a divindade deste, 1 Jo 2.22,23; 4.3; 2 Jo v.7. Esta teologia é simplesmente uma manifestação do espírito do Anticristo, o espírito da mentira que procura entrar até no terreno da verdade da Palavra de Deus, 2 Ts 2.3,7,10,11;
    3) Falsas Doutrinas, que levam à apostasia, 1 Tm 4.1-3. É um sinal importante a existência de tantas doutrinas erradas, que, como um rio maléfico, espalham- se no mundo inteiro.
  d. Escarnecedores, 2 Pe 3.3-5. Uma característica de grande número de pessoas em vários países, tanto indoutas quanto universitárias, é a falta do temor de Deus, que se expressa em blasfêmias. A Bíblia registra isto como um sinal.
              Sinais na vida social.

    a.  Uma vida de preocupação apenas material foi um dos sinais mencionados por Jesus. “Ele disse: “Como aconteceu nos dias de Noé“...”, “ ... nos dias de Ló ... ", Lc 17.26-28; Mt 24.37,38. O Senhor menciona que a tônica desse tempo era comer, beber, casar e dar-se em casamento. Coisas em si lícitas,mas que ocupavam todo o tempo na vida das pessoas daquela época. Assim é hoje também entre a humanidade! Ninguém tem tempo para dedicar-se a servir a Deus: "Serviram mais à criatura do que o Criador", Rm 1.25. O grande erro do rico lavrador repete-se ainda hoje, Lc 12.16-21.
   b. Problemas nas relações entre empregado e empregador. Quando Tiago falou a respeito da vinda de Jesus, mostrou que o desejo de "entesourar para os últimos tempos" deixa em graves problemas salariais os trabalhadores, Tg 5.1-6.
   c. O grave aumento de crimes é um significativo sinal, Mt 24.12; 2 Tm 3.1-4. A estatística mundial de criminalidade mostra que o aumento de criminosos é espantoso, e que o número de jovens fichados nos registros policiais cresce assustadoramente. Quando em Ap 22 se fala dos que hão de ficar na vinda do Senhor, vemos entre eles os chamados "feiticeiros", Ap 22.15. A palavra grega traduzida é "pharmakeia", que significa os que são encantados por drogas. Isto é sinal importante, pois um dos maiores problemas do nosso tempo, em várias partes do mundo, é o uso de diferentes tipos de drogas (entorpecentes).

    d.  As grandes descobertas tecnológicas também são um sinal, Dn 12.4. Não se pode negar que as conquistas no terreno da técnica  têm sido importantíssimas nos últimos 40 anos, fato nunca antes alcançado. Temos chegado ao tempo de que o Senhor falou em
Gn 11~6.
    5.   Sinais na vida moral. Os últimos tempos são caracterizados por imoralidade horrenda. Jesus mesmo disse que "como aconteceu nos  dias de Ló, assim será nos dias em que o Filho do homem se há de manifestar", Lc 17.28-30.
 Quando, em Gn 19, lemos como era a vida moral daquele tempo, observamos como a imoralidade, de uma maneira desenfreada, dominava os homens de todos os bairros da cidade de Sodoma, e tanto os jovens como os velhos. Não é isto o que se vê em nossos dias? Um rio de propaganda de liberdade sexual está correndo através da televisão, do rádio, de revistas, de livros, e de cinemas e, em vários países, corre sob a forma de ensino obrigatório nos estabelecimentos escolares. É uma ameaça para todos. Estas desprezíveis normas e práticas procuram derrubar os alicerces do matrimônio e os padrões elementares da tradicional moralidade. É um sinal sério, que mostra que estamos vivendo nos últimos tempos, 2 Tm 3.1-4. Jesus vem muito breve. Guardemos alvas nossas vestes núpcias! Ap 19.6-8.       .
 O grande sinal da vinda de Jesus: O povo de Israel.     
Israel ocupa lugar de destaque na palavra profética. Existem profecias sobre o nascimento do povo israelita (Gn 12.13) e sobre a terra que Deus havia de dar-lhe, Gn 15.17- 21. Também há profecias sobre a sua permanência como escrava no Egito (Gn 15.13,14) e sobre a sua libertação, Êx 3.8-10, e sobre a conquista de Canaã, Js 1.3-6. Deus também falou pelos profetas que, se Israel não obedecesse à Palavra dele, seria expulso da terra prometida, e espalhado entre as nações, Dt 4.23-28,63,64; Lv 26.14,15,31-35. O cumprimento final destas profecias aconteceu no  ano 70 d.C., conforme predissera Jesus em Lc 21.24: Israel foi realmente disperso e espalhado por todo o mundo.
    Agora, porém, queremos meditar nas profecias que falam da volta de Israel à sua terra, à Palestina. Existe grande número de profecias sobre isso. É um assunto muito
agradável, porque o cumprimento das profecias sobre a restauração de Israel e sobre
a volta dos judeus à Palestina é vinculado ao cumprimento da palavra profética sobre a vinda de Jesus. É o Deus dos santos profetas, é Ele mesmo que vela sobre a sua palavra para cumpri-la, Jr 1.12.

     b. Deus prometeu tomar a ajuntar Israel dentre as nações, e trazê-lo à terra de seus pais, Dt 30.1-6. Isto acontecerá "no derradeiro fim" (Jr 31.17) quando Israel "no fim dos dias" tomará ao Senhor, e ouvia sua voz, Dt 4.30. Deus então há de ajuntá-los do meio dos povos, Ez 11.17, e congrega-Ias de todos os países, Ez 36;24; 37.21.

   A restauração dos judeus, pode-se dividir em duas partes distintas: a restauração nacional e a restauração espiritual. A primeira significa a volta de Israel à sua terra, para tomar-se uma nação independente, respeitada e temida pelos povos, Zc 12.1-3. É este
acontecimento que constitui o brotamento da figueira, que é o grande indício da vinda de Jesus. A segunda, a restauração espiritual, se dará, depois, quando a Igreja tiver sido arrebatada, e a plenitude dos gentios tiver começado, Rm 11.25,26, isto é, no fim da Grande Tribulação, quando Jesus voltar em glória, 2 Ts 1.10.
    c. O grande milagre - a volta dos judeus à Palestina - está acontecendo diante dos olhos desta geração. Uma parte considerável daquele povo que vivia espalhado entre as nações (Lc 21.23), sem ter um líder ou uma organização mundial que olhasse para os seus interesses, já se encontra na Palestina como uma nação organizada e independente. Glória a Jesus! É o maior milagre da história dos povos, e representa a mais forte evidência da veracidade da Palavra de Deus. E, antes de tudo, é o maior sinal da vinda de Jesus.
Vejamos agora algumas datas da hisria destes últimos anos, que se relacionam com o cumprimento das profecias, sobre a restauração nacional de Israel:
   1) 1897 - ano em que foi realizado o primeiro congresso sionista em Basiléia,Suíça, quando o seu fundador, 'Dr. Theodor Herzl, lançou o programa-base pera todos os judeus no mundo: "Todos devem, por todos os meios, trabalhar para que a Palestina, por meio de uma decisão de justiça internacional, seja considerada como o lar nacional dos judeus". A figueira estava começando a verdecer...
     2) 1917 - ano quando a Palestina, já no fim da Primeira Guerra Mundial, foi liberta, pelas tropas britânicas, do domínio dos turcos. A vitória foi completada quando o general Aleenby entrou triunfalmente em Jerusalém. A Palestina ficou, então, de acordo com a declaração Balfour, transformada numa colônia britânica, onde os judeus receberam certa autonomia.
     3) 1948 - o ano dourado da moderna história dos judeus, pois foi nesse ano que judeus, aproveitando o fim do tempo
mandato britânico sobre a Palestina ocorreria em 15.05.48, na véspera, isto é no dia 14, proclamaram a sua independência nacional. Foi a primeira vez do ano 606 A.C. (após 2554 anos), que judeus se tornaram uma nação totalmente independente.

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