quarta-feira, 4 de abril de 2012

Doutrina das Últimas Coisas


   Doutrina das Últimas Coisas
   
    Um assunto que deveria ser de suma importância para os cristãos e também estar sempre em pauta é a “Doutrina das Últimas Coisas”, ou seja, a Escatologia.
Todavia não é o que se observa nos dias atuais. Parece que o velho interesse pelas coisas que irão acontecer, descritas na Bíblia Sagrada, esfria-se ao longo dos anos e, vez ou outra volta à nossa mente. Mas, esta vaga lembrança somente ocorre quando há uma catástrofe em alguma parte do nosso planeta!
Existem inúmeros livros e obras que se remetem a este interessante assunto a Escatologia. Porém, muitas vezes, os escritores se utilizam de especulações infundadas, interpretações impróprias  e inferências absurdas e até chegam a conclusões sem sintonia com a Palavra de Deus. São Teologias sem revelação,
vazias, mortas e por vezes, diabólicas!
A única unanimidade que há entre os teólogos e estudiosos é em relação à volta de Jesus. Sim, Ele voltará! Nos demais  aspectos da Escatologia são várias as correntes defendidas.
Estas dificuldades na interpretação dos aspectos da “Doutrina das Últimas Coisas” se dão por quatro fatores abaixo listados:
a) Abismo histórico: separação temporal;
b) Abismo cultural: diferenças entre as culturas dos povos;
c) Abismo lingüístico: hebraico, aramaico e grego;
d) Abismo filosófico: várias opiniões entre a cultura acerca da vida, das
circunstâncias e do Universo. 
Talvez, o descaso parcial por esta doutrina acerca do fim das coisas tenha razões ligadas às circunstâncias das épocas  e dos acontecimentos vivenciados pelos povos. Por exemplo, durante os períodos de guerra mundial em nossa civilização,aumentaram as publicações de literaturas sobre este tema. Depois do término
das guerras os assuntos escatológicos saíram das prateleiras e voltaram somente na virada do milênio.
No Passado, os pastores frisavam em suas mensagens os aspectos sobre o Arrebatamento e sobre o dia glorioso do encontro com o Cristo. Entretanto, hoje,quase não se abordam temas sobre este assunto nas igrejas, raras as exceções. 
Hoje, as pregações focam mais o tema  da “Prosperidade material” e alteraram sobremaneira a esperança dos  cristãos do Futuro para o Presente. Talvez, o desinteresse pelo assunto é porque o cristão é muito imediatista e não vê o lado prático das profecias.
O alerta é que não podemos perder de vista que as Escrituras Sagradas estão repletas de textos que mostram a importância da Escatologia, no nosso dia-a-dia (Rm 6:8,11; 1 Co 3:10-15; 2 Co 5:10; 1 Ts 4:13-18 e 2 Pe 3:10-14). É preciso,pois, resgatar a importância da “Doutrina das Últimas Coisas” para o nosso tempo, divulgando totalmente o assunto e também o seu aspecto prático a todos,
antes que seja tarde demais!
Abordaremos neste trabalho vários aspectos temáticos da Escatologia e salientamos que procuramos de forma  equilibrada e sensata, aproximar ao máximo o conteúdo escatológico com  a base bíblica pertinente, de forma a obtermos uma perfeita hermenêutica, ou pelo menos, mais próximo deste
princípio de interpretação.
Todavia, muitas revelações são ainda um mistério de Deus para os homens!
Tenha uma ótima reflexão! 10
O que é Escatologia?
O vocábulo Escatologia é formado de duas palavras gregas:  escathos, que significa último, e  logos, que significa ciência. Assim, a Escatologia é a ciência das últimas coisas. 
Apesar de se encontrar menção de vários  textos escatológicos no Antigo e no Novo Testamento é exatamente no último livro da Bíblia, no Apocalipse que estão contidas muitas revelações deste tempo vindouro. 
Apocalipse (grego  Apocalypsis) significa revelação, descobrimento de algo que está encoberto ou ainda, tirar o véu.
O apóstolo João escreveu ou ditou sua escrituração em forma de carta e contendo elementos apocalípticos e proféticos quando estava exilado na Ilha de Patmos, entre 90 e 96 d.C., durante o reinado do imperador Domiciano.
Sinopse do Livro de Apocalipse
O livro pode ser dividido numa série de visões escatológicas, algumas destas visões são parciais ou totalmente veladas. Por outro lado, outras visões são comparativamente claras em seus esclarecimentos.
O Apocalipse não é um livro comum! Vejamos a seguir a sinopse desta obra bíblica:
- CAPÍTULO 1
a) Introdução e promessa aos leitores obedientes (vers. 1-3);
b) Saudação de João e do Cristo glorificado (vers. 4-8);
VISÃO I
c) Do Cristo glorificado (vers. 9-16);
d) A ordem de escrever às sete igrejas (vers. 19);
e) Mensagens às igrejas (caps. 2-3); 11
- CAPÍTULO 2
a) Mensagem à Éfeso, a igreja reincidente, persistente no serviço, estrita na
disciplina, mas esfriando-se em seu amor (vers. 1-7);
b) Mensagem à Esmirna, a igreja  pobre, mas verdadeiramente rica, que
enfrenta um período de perseguição (vers. 8-11);
c) Mensagem à Pérgamo, a igreja num ambiente perverso, firme mas
infectada com heresia (vers. 12-17);
d) Mensagem à Tiatira, a igreja de boas obras, mas que tolerava uma falsa
profetisa (vers. 18-29);
- CAPÍTULO 3
a) Mensagem à Sardes, a igreja moribunda (vers. 1-6);
b) Mensagem à Filadélfia, a igreja fraca, mas fiel (vers. 7-13);
c) Mensagem à Laodicéia, a igreja morna, satisfeita consigo mesma, que se
orgulha da sua riqueza, mas que é miserável, pobre, cega e nua (vers. 14-
22);
VISÃO II (Parcialmente velada)
- CAPÍTULO 4
a) A visão de Deus no céu sobre  seu trono, o Criador do Universo
recebendo a adoração dos seres viventes e dos vinte e quatro anciãos (vers.
1-11); 12
- CAPÍTULO 5
a) O Cordeiro abre o livro dos sete selos, o cântico novo e a adoração
universal do Cordeiro. Interpretação sugerida: somente Cristo pode
descobrir os mistérios divinos mais profundos (vers. 1-14);
- CAPÍTULO 6
a) A abertura dos seis selos, (velada) (vers. 1-17). Tem havido muitas
interpretações diferentes; não vale a  pena juntar outra. Uma lição clara,
(vers. 9-11), é que os crentes são provados pela demora divina;
VISÃO III (Parcialmente velada)
- CAPÍTULO 7
a) Pensamento sugerido: Deus protege seu povo escolhido (vers. 1-8);
VISÃO IV
b) Certezas reconfortantes (cap. 7);
c) A multidão incontável dos redimidos (vers. 9-10);
d) Os meios mediante os quais eles aparecem na presença de Deus (vers.
13-15);
e) Suas atividades e seu gozo eterno (vers. 15-17);
VISÃO V (Parcialmente velada) 13
- CAPÍTULO 8 
a) Evento transcendental, a abertura do sétimo selo, causa silêncio no céu (vers. 1). Possível explicação: toda a música e as vozes dos anjos silenciaram porque durante o período do sétimo selo, Cristo devia sair para a sua missão na Terra. Isto não é mera imaginação. O fim do tempo evidentemente se aproximava. Se esta interpretação é correta, em 8:1 nos encontramos na fonte exata do plano divino de salvação, e veremos que os eventos focalizam até o filho varão do capítulo.
b) Supõe-se que as orações dos santos subiram a Deus pedindo a vinda do
reino messiânico (vers. 3-4);
- CAPÍTULO 9
a) Logo continua uma porção velada da visão, o toque das seis trombetas,caps. 8 e 9, que segundo parece, anuncia os juízos vindouros;
- CAPÍTULOS 10 e 11
VISÃO VI (Parcialmente velada)
a) A única coisa clara é que os  eventos parecem apontar a grande consumação pelo fato do anjo poderoso anunciar que não haveria mais demora (10:5-7), mas que as boas novas referidas pelos profetas estão
prestes a ser cumpridas;
b) Entre tantas opiniões diferentes, é temerário sugerir uma interpretação do livrinho do capítulo 10 e das duas testemunhas do capítulo 11. Já que estes precedem imediatamente a visão do nascimento do filho varão do capítulo12, eles podem referir-se ao período profético anterior à vinda de Cristo;
c) Talvez dos capítulos de 12 a 20 contenham visões parcialmente veladas relacionadas com o grande conflito messiânico;
VISÃO VII
- CAPÍTULOS 12 e 13
a) O grande evento da época, o nascimento do filho varão, Cristo, e a manifestação simultânea dos poderes satânicos organizados para destruí-lo.
A justificação deste ponto de vista é que durante a vida de Cristo na Terra os poderes das trevas estavam em intensa atividade. Note a intenção de Herodes de destruir o menino Jesus, os numerosos casos de possessão satânica e a oposição maligna que resultou na crucificação de Cristo. Não há aqui nenhuma interpretação detalhada dos mistérios, mas se chama a atenção para as armas espirituais com as quais seria ganha a vitória, em 12:11;nVISÃO VIII (Parcialmente velada) - CAPÍTULO 14
a) Sem nenhuma interpretação forçada, é possível olhar este capítulo como um resumo profético do conflito vindouro  entre o Cordeiro e seus inimigos (vers. 1-13). Se este ponto de vista é aceito, nos primeiros cinco versículos os cento e quarenta e quatro mil representariam os crentes advindos da primeira dispensação; os versículos 6-7 se refeririam ao começo de uma atividade missionária em todo o mundo; os versículos 8-11 seriam anúncios preliminares da vitória final e os versículos 12-13 se refeririam à bemaventurança dos crentes mortos. 15 VISÃO IX (Parcialmente velada)
b) A sega e a vindima (vers. 16-20); VISÃO X (Parcialmente velada) - CAPÍTULO 15
a) Os primeiros vencedores e seu cântico (vers. 1-4);
b) Os sete anjos e as taças de ouro (vers. 5-8);- CAPÍTULO 16 
a) O derramamento das sete taças da ira (vers. 1-21); VISÃO XI (Velada)
- CAPÍTULOS 17 e 18
a) A queda de Babilônia, a cidade prostituta, e dos inimigos do Cordeiro que
a venceram;
VISÃO XII
- CAPÍTULO 19
a) O coro de aleluia no céu, celebrando a vitória espiritual (vers. 1-6);
b) As bodas do Cordeiro (vers. 7-9); 16 VISÃO XIII (Parcialmente velada)
c) Cristo, o conquistador espiritual, sobre um cavalo branco, fere as nações com a espada do Espírito
 (vers. 11-16);
d) Parcialmente velada: Cristo vence a besta, o falso profeta e a seus aliados; VISÃO XIV (Parcialmente velada) - CAPÍTULO 20
a) O aprisionamento de Satanás (vers. 1-3);
b) A primeira ressurreição (vers. 4-6);
c) Satanás é desamarrado; sua atividade maligna (vers. 7-9);
d) A queda de Satanás, a besta e o falso profeta (vers. 10);
e) O juízo final (vers. 11-15);
VISÃO XV
- CAPÍTULO 21
a) Suas características: Origem celestial (vers. 2), radiante (vers. 11), separada e protegida (vers. 12), acessível (vers. 13), alicerces firmes (vers.14), inabalável (vers. 16), formosamente adornada (vers. 18-21), com um templo espiritual (vers. 22), iluminada  por Deus (vers. 23-25), glorificada (vers. 26) e livre de manchas (vers. 27); 17 - CAPÍTULO 22
a) O paraíso restaurado. Suas características distintivas: o rio da vida (vers.1), a árvore da vida (vers. 2), sem maldição (vers. 3), a visão beatífica damarca divina nos santos (vers. 4), o dia eterno e o domínio dos santos (vers.5);
b) Os últimos ensinos: fiéis e verdadeiros (vers. 6), ressaltam o iminente regresso do Senhor (vers. 7), deve se adorar somente a Deus (vers. 8-9), o caráter leva à permanência final (vers. 11), a última promessa (vers. 14), o último convite (vers. 17) e a última advertência (vers. 18-19);
c) Bênção e oração (vers. 21).Como pode ser interpretado o Apocalipse? Existem quatro pontos de vista básicos utilizados pelos pesquisadores, a saber:
a) Preterista: A maioria das profecias (ou todas), já se cumpriu no Passado.Este ponto de vista fecha a questão nas circunstâncias vividas na época por João, o que em parte  certamente, está correto. Todavia, despreza o fato de ser uma profecia, descrita em Apocalipse 1:3: “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”;
b) Histórico: As profecias estão se cumprindo e serão cumpridas totalmente na Era da Igreja, ou seja, na dispensação atual. Este posicionamento foi sustentado pela maioria dos reformadores, que interpretaram a Roma papal como a besta do Apocalipse. Todavia, as explicações interpretativas
carecem de um posicionamento totalmente convincente e exato;
c) Idealista: Não acreditam em uma cronologia das profecias, sendo que as passagens proféticas são simbólicas e apenas ensinam idéias e verdades para confirmar o triunfo de Deus. A contradição neste posicionamento é que o apóstolo João escreveu que profetiza sobre eventos que ocorreram
nos últimos dias; 18
d) Futurista: Os adeptos deste ponto de vista acreditam que todos os eventos ocorrerão no Futuro, durante a Grande Tribulação, na segunda vinda de Jesus Cristo e no Milênio. Neste caso, os estudiosos consideram com seriedade o elemento preditivo, conforme as passagens bíblicas em Ap 1:19 e Ap 4:1.
Nenhum dos pontos de vista descrito é  plenamente satisfatório. Devido à ausência de princípios interpretativos sadios e da existência de muita especulação em relação à interpretação do Apocalipse, se faz necessário observar alguns princípios básicos que listamos a seguir:
a) Deve-se procurar a intenção original do autor e, portanto, do Espírito Santo
que foi o inspirador daquela obra;
b) Interprete literalmente, apesar das revelações proféticas que podem ser dadas. Certamente, algumas verdades literais virão à tona, conforme já ocorreu em profecias já cumpridas;
c) Considerando o conteúdo profético, devemos manter a mente aberta às possibilidades de um sentido secundário, inspirado  pelo Espírito Santo.
d) Procurar interpretar o Apocalipse  à luz do restante da Bíblia Sagrada. É aceitável reconhecer a utilização que o apóstolo João faz das figuras tiradas de Daniel ou Ezequiel. Todavia, não podemos tomar por certo
conforme fazem algumas escolas de interpretação que os leitores de João precisavam ter lido primeiramente o evangelho de Mateus e as epístolas I e II Tessalonicenses e que já sabiam com base nestes textos, certas
chaves para compreensão do Apocalipse; 
e) Tomar cuidado na interpretação por causa da linguagem figurada, utilizada por João, considerando ainda, a natureza apocalíptica e profética;
f)  Observe os relacionamentos de tempo. Dentro de uma mesma profecia podem estar listados fatos que ocorrerão em diferentes momentos, distantes no tempo;
g) Observe sempre que o tema central de todas as profecias é Jesus Cristo.Sua pessoa e suas ações são o grande  tema da história profética (Ap19:10).
Divergências interpretativas surgem a respeito da segunda vinda de Cristo, tendo
quatro visões diferenciadas: a posição  não literal ou espiritualizada, a pósmilenista, a amilenista e a pré-milenista.
Posição Não literal ou Espiritualizada
Esta posição nega que haverá um retorno literal, físico e pessoal de Jesus Cristo à Terra. 
Os adeptos desta visão acreditam que a segunda vinda foi cumprida na destruição de Jerusalém, ou no dia de Pentecostes, ou na morte do crente, ou na conversão das pessoas ou ainda, pelo contínuo avanço espiritual da Igreja.
A segunda vinda não é literal, mas sim todos os acontecimentos da era cristã, ou seja, a obra de Cristo.
Posição Pós-Milenista
Neste pensamento a segunda vinda de Cristo se dará depois do Milênio, que é a parte final da Era da Igreja ou na dispensação atual. A Bíblia afirma que será um período de mil anos de paz e abundância promovido pelos esforços da Igreja.
Depois deste fato, Jesus Cristo voltará e ocorrerá a ressurreição geral, julgamento geral e a introdução da plenitude do Céu e do inferno (Apocalipse 20).
A interpretação pós-milenista é amplamente espiritualizada no que tange a profecia. 20
 Posição Amilenista
Neste caso a segunda vinda de Jesus Cristo se dará no fim da época da Igreja e não existe um Milênio na Terra. Os adeptos amilenistas acreditam que a presente condição dos justos no céu é o Milênio e que a Era da Igreja terminará em um tempo de convulsão, sendo que os fatos seguintes são: retorno de Cristo,
ressurreição e juízo gerais e finalmente, a eternidade. 
Veja o esquema a seguir: 21
Posição Pré-Milenista
A posição Pré-Milenista acredita na interpretação literal das profecias do Antigo Testamento, defendendo que a segunda vinda de  Cristo acontecerá antes do milênio, sendo instaurado um reino sobre o qual Ele reinará por mil anos. Após o reinado, ocorre a ressurreição e o juízo dos não salvos, vindo por último à
eternidade. Nesta linha de pensamento não há unanimidade quanto ao tempo em
que vai ocorrer o arrebatamento da Igreja.
  Diferença entre o Pré-Milenista Histórico e Dispensacionalista
Existem duas vertentes de pensamento dentro da visão Pré-Milenista. Vejamos
as diferenças:
a) Histórico: É permitida a divisão do tempo da história da humanidade de qualquer forma, desde que seja considerado o Milênio depois da segunda vinda de Jesus Cristo;
  A segunda vinda é apenas um evento, mas sinais devem precedê-la;
  Acreditam em duas ressurreições: a dos justos antes do Milênio e a dos ímpios, depois do Milênio; 22
   Neste pensamento a Igreja estava prevista no Antigo Testamento, como também a Era dos Gentios estava também prevista e preparada por Deus, conforme as Escrituras.  
b) Dispensacionalista:
    A única forma de divisão do tempo permitida é em 7 dispensações. Neste caso, a atual dispensação seria a 6ª e a última será o Milênio, que ocorrerá depois da segunda vinda;
   A segunda vinda se dará em  dois momentos: Arrebatamento e revelação;
 É introduzida uma terceira ressurreição dos Santos da Grande tribulação, que se dará na Revelação;
     Nenhum sinal precisa acontecer para ocorrer o Arrebatamento;
    A Igreja é um mistério não revelado no Antigo Testamento e a Era dos gentios só foi introduzida por causa da rejeição do Messias pelo povo de Israel.
                                O Arrebatamento
O Arrebatamento da Igreja será um grande evento mundial e é um assunto que divide opiniões entre os teólogos. Os Pós-Milenistas e os Amilenistas entendem que o Arrebatamento se dará no final desta era e será simultâneo com a segunda vinda de Jesus Cristo. Já o pensamento dos Pré-Milenistas sugerem várias
possibilidades, ou seja, existem diversos pontos de vista.
Em 1 Tessalonicenses 4:16-17 está escrito: “Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que estivermos vivos seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre”.
Profeticamente o Arrebatamento está ligado a outros eventos também importantes. Vejamos: 23
a) Será o maior evento da Humanidade antes da segunda vinda do Cristo;
b) Este evento extraordinário marcará o término da Dispensação da Graça –
momento em que Deus tem agido por meio do Espírito Santo para salvação das almas;
c) O Arrebatamento da Igreja do Senhor determinará a volta do relacionamento presente de Deus com Israel;
d) Este magnífico acontecimento marcará o início da 70ª semana de Daniel ou Tribulação, sendo o pior tempo da história da civilização terrestre. O mundo estará em caos absoluto. 
Na Bíblia encontramos outras passagens de arrebatamentos anteriores, como por exemplo, o profeta Enoque que foi arrebatado antes de um grande juízo de Deus, o Dilúvio (Gn 5:24). 
Elias, outro profeta também foi arrebatado em um “carro de fogo” antes de um grande juízo de Deus sobre as dez tribos, quando foram levados para o cativeiro (2 Reis 2:8-11).
Assim, em certo dia, a Igreja será arrebatada antes do maior juízo que Deus imputará na Humanidade.
Quem será arrebatado?
A resposta para esta pergunta está no evangelho de João 5:24, que afirma: “Eu
lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida”.
Alguns estudiosos argumentam que a Igreja deve ser purificada pelos sofrimentos e pavores da Grande tribulação para que seja arrebatada e obtenha a salvação.
Todavia, esta lógica da mente humana é gerada em função do reconhecimento da fraqueza e imperfeição humanas. Porém, se examinarmos detidamente toda a Escritura Sagrada descobriremos que este posicionamento humano não está em conformidade com a vontade de Deus.
Assim, o cristão prossegue no caminho da santificação e quando o arrebatamento vier, tudo o que é impuro e de natureza carnal, permanecerá na Terra. No Céu a 24 Igreja será perfeita em tudo, sem mácula e sem ruga. Haverá a redenção do
corpo e os salvos receberão corpos glorificados, semelhantes ao corpo de Cristo na ressurreição. Em Romanos 8:23 está escrito: “E não só isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos  do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo”.
Quando será o Arrebatamento?
Não existe menção de nenhuma data na Bíblia. No Evangelho de Mateus 24:36 está escrito: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai”. 
Jesus Cristo quando esteve entre nós  no Passado deixou uma grande lista de acontecimentos que precederiam o arrebatamento e a sua vinda gloriosa. Tais acontecimentos começariam antes da  Tribulação e alcançaria o auge durante estes tempos dolorosos. Veja a seguir os acontecimentos e que eles sirvam de
alerta! Se analisarem profundamente, verão que alguns deles já começaram a ocorrer:
a) Incredulidade     (2 Pedro 3:4-13)
b) Apostasia      (2 Timóteo 3:1-9)
c) Imoralidade, como nos dias de Noé  (Lucas 17:26-33)
d) Esfriamento do amor    (Mateus 24:12)
e) Falsa paz      (1 Tessalonicenses 5:1-3)
f)   Ditador Internacional    (2 Tessalonicenses 2:2-10)
g) Multiplicação da ciência    (Daniel 12:4)
h) Grandes terremotos, fome e peste  (Lucas 21:11 e Mateus 24:7)
i)   Ajuntamento do povo Judeu   (Lucas 21:29-32 e outras)
j)  Falso Cristo, guerras  e  rumores  de  (Mateus 24:5-12)
 Guerras, nações contra nações, ódio,
 Falsos   profetas,   iniqüidade,    etc.   25
Seqüência dos Eventos no Arrebatamento
Segundo as Escrituras  Sagradas haverá uma seqüência de eventos no Arrebatamento, que listamos a seguir para melhor compreensão deste importante assunto:
a) Glorificação:
    Glorificação: “e aos que justificou, a esses também glorificou” (Rm 8:30);
     Corpo glorificado: “igual ao corpo da sua glória” (Fp 3:20-21); “seremos
semelhantes a Ele” (1 Jo 3:3); 
b) Mortos em Cristo:
 Mortos, porém vivos em Cristo: “deixar o corpo e habitar com o Senhor”(2 Co 5:8); "Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça"(Rm 8:10);
c) Vivos em Cristo:
Vivos: “os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor” (1 Ts 4:15); Espírito Santo: “Cristo em vós, a esperança da glória” (Cl 1:29);
d) Momento único:
 Tempo: “num abrir e fechar de olhos...” (1 Ts 4:16 e 1 Co 15:52);
  Trombeta para a Igreja: chamada para o Arrebatamento;
  Trombeta para Israel: convocação para reunião dos eleitos (Is 27:12-13);
e) Ressurreição:
 Cristo: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 8:51 e Jo 11:25); 26
  Ressuscitando para a verdadeira vida:  “os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4:16);
f) Vitória final:
 A morte é exterminada: “o último inimigo a ser destruído é a morte” (1 Co 15:26); “a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo”(Ap 20:14); 
g) Tribunal de Cristo:
  Julgamento:  “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do
corpo, ou bem, ou mal” (Rm 14:10, 2 Co 5:10, 2 Tm 2.11-12 e Ap 11:18).
Teorias do Arrebatamento
Existem quatro teorias distintas sobre o Arrebatamento da Igreja. Vejamos a
seguir as particularidades de cada uma delas:
a) Arrebatamento Parcial:
  Esta teoria afirma que somente os crentes considerados dignos serão
arrebatados antes que a ira de Deus se derrame sobre a Terra, sendo
que os infiéis permanecerão na Terra durante a Tribulação;
  Também, esta hipótese não está relacionada ao período tribulacional, e
somente os que alcançarem nível elevado de espiritualidade é que serão
dignos de estarem com o Cristo;
  Os adeptos desta teoria confundem o arrebatamento com o galardão,
pois trata como recompensa por causa da vigilância de cada crente;
  Conflitos estruturais da teoria: Esta hipótese coloca em cheque a unidade
do corpo de Cristo - que é a Igreja, e coloca em cheque também a Graça 27
de Deus. Por fim, esta teoria coloca parte da Igreja no período
tribulacional por distorções na interpretação;
   Base bíblica utilizada na argumentação: Lc 21:36; Fp 3:20; Tt 2:13; 2 Tm
4:8 e Hb 9:28;
b) Arrebatamento Pós-Tribulacional:
  Esta teoria afirma que o arrebatamento ocorrerá ao final da Tribulação;
  Neste caso, o arrebatamento é distinto da segunda vinda, embora seja separado dela por um pequeno intervalo de tempo.
 É apoiada a idéia de que a Igreja permanecerá na Terra durante todo o
período de Tribulação;
  Nega a diferença entre o arrebatamento e a manifestação. Os dois são considerados um só acontecimento;
   Os adeptos desta teoria acreditam que a destruição de Jerusalém, a morte do apóstolo Pedro, o aprisionamento do apóstolo Paulo, o desenvolvimento da apostasia nos dias atuais e o contido em Mateus
28:19-20 e Lucas 8:7-18, tornam impossível o retorno iminente de Jesus
Cristo; Conflitos estruturais da teoria: Esta hipótese nega as distinções entre o arrebatamento e a manifestação e nega a doutrina da iminência, que é claramente ensinada na Bíblia Sagrada (Mt 24:27; Mt 24:36-44; 1 Ts 5:1-10; Ap 3:10, dentre outras passagens). Nega ainda, qualquer cumprimento futuro do contido em Dn 9:24-27 e por fim, distorce o ensino bíblico sobre a natureza e o propósito da Tribulação;
   Base bíblica utilizada na argumentação: Mt 24:22, pois afirma que haverá santos na Terra durante a Tribulação. Baseia-se em passagens como Mt 28:19-20 e Lc 8:7-18; 28
c) Arrebatamento Mesotribulacional:
   Esta outra teoria afirma que  o arrebatamento ocorrerá depois de transcorridos três anos e meio do  período da Tribulação, ou seja, na primeira metade da 70ª semana de Daniel;
    Situa o arrebatamento em Ap. 11 com a ascenção das duas testemunhas, as quais representam os mortos e os vivos;
  Acreditam na promessa da libertação da ira e afirmam que os selos e as
trombetas não são manifestações da ira de Deus;
   Não aceita a doutrina da iminência;
   Aceita que o “Detentor” de 2 Ts 2:6-8 é o Espírito Santo;
   Os adeptos desta teoria identificam a “grande voz” de Ap. 11:12 com 1
Ts 4:16 e a “sétima trombeta” de Ap. 11:15 com a trombeta de 1 Co
15:52 e 1 Ts 4:16;
   Conflitos estruturais da teoria: Esta teoria saberia a data do arrebatamento, contradizendo outros textos da Bíblia. Suas argumentações geram um choque doutrinário a respeito do “Detentor”,
pois sendo ele o Espírito Santo, que deteria o anti-Cristo, isto significaria que a Igreja ficará sem o mesmo durante três anos e meio. Outro aspecto é que se Deus utilizará a Grande Tribulação para completar o
Seu plano para com o povo de Israel, isto entraria em conflito com o escrito de Rm 11:25-28;
    Base bíblica utilizada na argumentação: 1 Co 15:52, Ap 11:15, Dn 9:24-27, Ap. 11:2-3, Ap. 11:11-12, 1 Ts 4:16, 2 Ts 2:6-8 e Ap 12:6;
d) Arrebatamento Pré-Tribulacional:
   O ponto de vista defendido por esta teoria é que o arrebatamento ocorrerá antes que comece o período de 7 anos da Tribulação. Assim, a Igreja não passaria pela Tribulação;
   Defende-se a interpretação literal das profecias do Antigo Testamento; 29
    A Igreja e Israel são dois grupos distintos para os quais Deus tem planos diferenciados. Por exemplo, a 70ª semana de Daniel é o cumprimento de Deus para Israel;
    A Igreja só surgiu por causa da rejeição ao Messias por parte de Israel;
    O arrebatamento só pode ser iminente se for Pré-Tribulacional (1 Ts 5:6); o anti-Cristo não se manifestará  até que o Espírito Santo e por conseqüência a Igreja, sejam tirados da Terra;
    Durante a Grande Tribulação ocorrerá no Céu o tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro com sua noiva, a Igreja;
   Conflitos estruturais da teoria: Esta teoria pode estar distorcida apenas por que adotam a interpretação literal, como por exemplo, as passagens
proféticas do livro de Daniel;
   Base bíblica utilizada na argumentação: Ap 3:10, Ap 6:17, 1 Ts 1:10, 1 Ts
5:6, 1 Ts 5:9 e 2 Ts 2.
A Tribulação
Segundo a Bíblia Sagrada, haverá um tempo futuro que será de angústia conhecido como Tribulação. Esse momento histórico está entre o Arrebatamento da Igreja e a segunda vinda de Cristo.
Devemos ser realistas e estar vigilantes, pois depois do Arrebatamento haverá
um tempo de intensa Tribulação mundial e será o pior período de sofrimento que o mundo já experimentou.
A Tribulação está relacionada com o “Dia do Senhor”, tantas vezes mencionadas na Bíblia, principalmente pelos profetas de Deus. Neste tempo as taças da ira de Deus serão derramadas contra a Humanidade sem Cristo.
O tempo de Tribulação será importante  porque, de certa forma, satanás será desmascarado e quem ficar verá suas verdadeiras intenções e motivações. Essa compreensão do seu plano, se aplicada corretamente, pode ajudar o cristão hoje na Batalha Espiritual. 30 Motivos da Tribulação e Sua Duração Segundo os estudiosos há dois motivos principais para que a Tribulação ocorra:
a) Preparar Israel para receber o Messias, pois a restauração final de Israel está condicionada a Tribulação. Será como uma espécie de juízo contra a infidelidade do povo Judeu;
b) Castigar a Humanidade incrédula,  quando esta alcançar o auge da sua incredulidade, do desamor e da depravação.
O tempo da Tribulação será o cumprimento da 70ª semana de Daniel e, portanto, durarão sete anos (Dn 9:27). A metade deste período é apresentada pelas expressões “42 meses” e “1.260 dias” (Ap. 11:2-3). Os três anos e meio finais serão um período duro, pois Jesus chamou este tempo de Grande Tribulação e
afirmou que nunca houve e jamais haverá época semelhante.
   Durante estes sete anos, o anti-Cristo surgirá, haverá perseguição aos novos crentes e ao povo judeu, e a grande batalha de Armagedom acontecerá, após a segunda vinda de Cristo. Todavia, os cristãos podem viver sossegados com uma única certeza de que a história humana terminará com Jesus Cristo como o
Vencedor! “Tempo da ira de Deus” X Tribulação Muitos teólogos argumentam sobre qual seria a relação que existiria entre "o tempo da ira de Deus" e a Tribulação,  uma vez que as Escrituras Sagradas
descrevem uma variedade de atividades  associadas ao julgamento de Deus durante a Tribulação.
É comum utilizar os termos "Tribulação" e "ira de Deus" para se referir ao mesmo período de sete anos. Assim, os estudiosos concluíram que o tempo da ira de Deus acontecerá durante a Tribulação.
A base bíblica para essa conclusão pode ser encontrada em Deuteronômio 4:30 que descreve esse período do fim dos tempos como tempo de tribulação. Em Sofonias 1:15 denomina o mesmo dia "de alvoroço e desolação" e de "dia da ira". 31 Os autores do Novo Testamento tomam  esse termo do Antigo Testamento e usam-no como característica geral do que chamamos de período dos sete anos de Tribulação, já que será um tempo em que a ira acumulada de Deus será liberada. Principais Acontecimentos na Tribulação
Veremos agora alguns acontecimentos relacionados com a Tribulação que trarão mais luz sobre o assunto. Começaremos pela abertura dos sete selos que são descritos a partir do capítulo 6 do livro de Apocalipse, abordaremos a selagem dos judeus, falaremos sobre a grande multidão de salvos, sobre os 144.000 e as
vozes, além de outros detalhes importantes:
a) Os quatro primeiros Selos (Ap 6:1-8): Cavalo Branco: O cavaleiro branco é o anti-Cristo, que vem para vencer no início da Tribulação. A Palavra afirma que ele está usando uma coroa, mas não tem flechas para seu arco. Isto pode significar que se governo será conquistado  por diplomacia pacífica, em vez de força
militar. Em contraste com esta visão, Jesus Cristo será o conquistador no final da Tribulação, como descrito em Apocalipse 19;  Cavalo Vermelho: Simboliza a guerra;
  Cavalo Preto: Simboliza a fome, escassez e crise econômica;
    Cavalo Amarelo: Simboliza a morte;
b) O quinto Selo (Ap 6:9-11):
    As almas estão debaixo do altar,  pedindo vingança. É dito para elas que esperem um pouco mais. Muitos  estudiosos são de opinião que estas almas são dos mártires dos  séculos passados. Todavia, esta
hipótese é contestada, pois estes estarão coroados e glorificados com Cristo, depois do Arrebatamento. Assim, estas almas poderiam ser 32 explicadas como sendo resultado do  terror do anti-Cristo, ou seja,
pessoas que foram executadas sem misericórdia, por se converterem a Jesus, durante a Tribulação;
c) O sexto Selo (Ap 6:12-17): Cataclismos virão sobre a Terra, com transtornos cósmicos, efeitos no
sol e lua, terremotos e muito pânico entre as nações que procurarão se esconder em cavernas, buscando a morte;
    Estes terríveis juízos prenunciam a segunda vinda de Jesus Cristo;
d) Selagem dos Judeus (Ap 7:1-8):
   Refere-se a um grupo de judeus, salvos e preservados na Terra durante a Grande Tribulação para testemunharem de Cristo. Entre as doze tribos não aparecem Dã e Efraim. Seus nomes são substituídos
pelos de José e Levi. Alguns estudiosos acreditam que as 2 tribos se converterão com a pregação dos 144.000;
e) Multidão de Salvos (Ap  7:9-17):
   São de todas as nações da Terra, compostas de gentios e judeus;
f) O sétimo Selo composto de sete Trombetas (Ap 8:1-13, 9:1-21 e 11:15-19):
    1ª Trombeta: Simboliza uma saraiva e fogo com sangue que são
lançados à Terra, queimando a terça parte da flora terrestre;
    2ª Trombeta: Simboliza que algo como uma montanha ardente cai no
mar tornando a terça parte do das águas em sangue e matando a terça
parte dos animais marinhos e destruindo a terça parte das
embarcações;
    3ª Trombeta: Simboliza que a uma grande  estrela cairá nas águas
doces, potáveis, tornando-as amargas, matando muitos homens (existe
um paralelo com o texto de Jr 9:15); 33
   4ª Trombeta: Simboliza que haverá um eclipse quando é ferida a terça
parte do sol e da lua, reduzindo em um terço o brilho destes astros;
    5ª Trombeta (1º Ai): Trata-se de um dos três “ais” do Apocalipse,
quando haverá a abertura de um abismo e uma invasão demoníaca de
grandes gafanhotos (Ap 9:1-12) que atormentarão os homens por cinco
meses, exceto os homens que têm o Selo de Deus;
    6ª Trombeta (2º Ai): Simboliza um exército de 200 milhões de
cavaleiros que saem do Oriente, liderados por quatro anjos infernais,
atravessam o Rio Eufrates com o propósito de alcançar o Oriente Médio
e matam a terça parte da Humanidade;
    7ª Trombeta (3º Ai): Anunciará o fim do sistema do anti-Cristo que será
substituído pelo sistema de Cristo. Não é sabido por quanto tempo se
ouvirá esta trombeta, mas será durante vários dias, pois é utilizado o
plural “nos dias”;
g) Um Livrinho (Ap 10):
     Este capítulo de Apocalipse fala de um livrinho que foi comido pelo
apóstolo João. Era amargo no estômago, devidos aos sofrimentos
contidos na obra e doce na boca, por causa das boas novas quanto ao
estabelecimento do Reino de Deus na terra dos viventes;
h) Duas Testemunhas (Ap 11:1-14):
      Duas testemunhas ministrarão na Terra na primeira metade da Grande
Tribulação. Os estudiosos divergem sobre quem seriam tais
personagens. Grande parte dos pesquisadores escatológicos acredita
que uma delas seria o profeta Elias. Em relação à outra testemunha, as
opiniões divergem entre Moisés e Enoque; 34
i) A Mulher e o Dragão (Ap 12:1-17):
     A mulher é simbolicamente Israel e o Dragão que por meio de Herodes tentou matar o Filho, é satanás;
j) A primeira Besta (Ap 13:1-10):
     Será um gentio, pois que subirá do mar e terá influência mundial,eliminando três reis no seu levantamento que se dará por causa do seu programa de paz. Governará e fará aliança de sete anos com Israel (Dn 9:27). Introduzirá culto idólatra.  Será exaltado com  a intervenção da prostituta (sistema religioso corrupto e que tentará dominá-lo). Este sistema será destruído por ele, podendo assim, governar sem
impedimento algum (Ap 17:16-17). Receberá poder de satanás para governar por sete anos e será blasfemo, porque assumirá para si a deidade. Seu reinado terá fim após intervenção direta de Deus em juízo
(Ap 19:19), quando então será lançado no lago de fogo, na segunda vinda de Cristo. Seu reino passará para o domínio do Cristo (Dn 7:27);
  k) A segunda Besta (Ap 13:11-18):
    Deverá ser um judeu, visto que emerge da terra, isto é da Palestina. Parece um cordeiro, mas será motivado por satanás, falando como um dragão. Promoverá o culto idólatra em todo o planeta e seduzirá o
mundo para que adore a besta. Terá ainda, um ministério repleto de grandes sinais e terá o poder econômico e comercial em sob seu domínio. Marcará a população com o número 666;
l) Os 144.000 e as Vozes (Ap 14:1-5):
   Os 144.000 estarão no monte de Sião, entoando um novo cântico que
somente eles conhecem;
   1ª Voz: temos o Evangelho eterno para ser pregado;
   2ª Voz: temos o anúncio da queda da Babilônia; 35
   3ª Voz: temos o anúncio do castigo da Babilônia;
   4ª Voz: Bem-aventurados os que morrem no Senhor;
m) As sete Taças da Ira (Ap 15:1, 16:12 e 17:21):
   1ª Taça: É derramada sobre a terra, sobre os homens que possuem a
marca da besta, para que sejam assolados com úlceras malignas e
perniciosas;
   2ª Taça: É derramada sobre o mar que tornou-se em sangue, extinguindo toda a vida ali existente;
   3ª Taça: É derramada nas águas potáveis que se transformam em sangue;
  4ª Taça: É derramada no sol, para gerar intenso calor e queimar os
homens. Em conseqüência disto, os homens blasfemaram contra Deus;
   5ª Taça: É derramada no trono da besta, tornando-o tenebroso e
fazendo com que os homens sofram males e grandes dores, ao ponto
de morderem suas línguas em terrível angústia;
   6ª Taça: É derramada no rio Eufrates, preparando o caminho dos reis
do Oriente, que irão a batalha do Armagedom;
   7ª Taça: É derramada no ar, com relâmpagos, vozes e trovão. Grande
terremoto destrói várias cidades e acontecimento de grande saraivada.  
  Batalha do Armagedom e o Retorno Triunfal de Cristo Na Bíblia, lemos sobre a Batalha do Armagedom em Daniel 11:40-45, em Joel 3:9-17, em Zacarias 14:1-3 e em Apocalipse 16:14-16. Esta histórica batalha
acontecerá nos últimos dias da Tribulação e concomitantemente ao retorno de Cristo à Terra. O apóstolo João nos fala que os reis  do mundo se reunirão para guerra "...no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Ap 16:16). Este local fica na planície que fica ao norte de Israel. 36
Esta batalha está associada à segunda vinda de Jesus Cristo, pois segundo as Escrituras Sagradas, grandes exércitos do Oriente e do Ocidente marcharão para aquela planície, quando então, o anti-Cristo lutará com seu exército, mas o Cristo destruirá os exércitos, capturará o anti-Cristo e Falso Profeta e os lançará no lago de fogo (Ap 19:11-21). Jesus descreve quando será esta batalha no Evangelho de Mateus: 24:29-31: “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder
e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde  os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus".
O que significa Armagedom?
A palavra  "Armagedom" vem do hebraico  Har Megiddo, que significa Monte Megido. Este monte está situado no vale de Jezreel (nome hebraico), conhecido como vale de  Megido, por causa da cidade de Megido que fica a oeste da planície. 
Segundo especialistas em história, houve  mais guerras em Megido do que em qualquer outro lugar do planeta, por ser muito bem estrategicamente localizado. Chegam a concluir que a cidade de Megido foi construída e destruída mais de 25 vezes. Também, o estrategista militar  francês, Napoleão Bonaparte, chegou a declarar certa vez que o local seria o mais ideal campo de batalha do mundo.
 As oito fases do Armagedom
Para melhor entendimento do que se passará na Batalha de Armagedom,
listamos a seguir oito fases deste extraordinário acontecimento: 37
a) Reunião dos aliados do anti-Cristo (Sl 2:1-6, Jl 3:9-11 e Ap 16:12-16);
b) Destruição da Babilônia (Is 1:13-14, Jr 50:51, Zc 5:5-11 e Ap 17:18);
c) Queda de Jerusalém (Mq 4:11, 5:1 e Zc 12:14);
d) Exércitos do anti-Cristo em Bozra (Jr 49:13-14 e Mq 2:12);
e) Regeneração nacional de  Israel (Sl 79:1-13, Is  64:1-12, Os 6:1-13, Zc
12:10 e Rm 11:25-27);
f) Segunda vinda de Jesus Cristo (Is 34:1-7, 63:1-3, Mq 2:12-13 e Hb 3:3);
g) Batalha de Bozra até  o vale de Josafá (Jr 49:20-22, Jl 3:12-13 e Zc 14:12-15);
h) Ascenção vitoriosa no Monte das Oliveiras (Jl 3:14-17, Zc 14:3-5, Mt 24:29-31
 e Ap 16:17-21, 19:11-21). Retorno Glorioso de Cristo
A Batalha do Armagedom é marcada por outra invasão! Só que desta vez, a invasão virá pelos ares. O Cristo que  foi rejeitado e morto pelos judeus, virá gloriosamente em socorro deles, para livrá-los das garras do anti-Cristo. Vejamos os fatos sobre este acontecimento:
a) Jesus Cristo descerá no Monte  das Oliveiras, no mesmo lugar que ascendeu ao céu, quando de sua ressurreição, descrito no livro de Atos dos Apóstolos 1:9-12 e conforme previsto pelo profeta Zacarias no
capítulo 14;
b) A Igreja virá do céu em companhia do Cristo (Jd 1:14, Ap 19:14 e Zc 14:5);
c) Todo joelho se dobrará diante de Cristo (Sl 86:9, Rm 14:11, Fp 2:10 e Ap15:4);
d) Todo olho verá a Cristo (Ap 1:7). 38 Jesus guerreará com o anti-Cristo, derrotando-o por completo, cumprindo a primeira profecia da Bíblia descrita no livro de Gênesis 3:15 e esmagará a cabeça de satanás (Rm 16:20).
Vejamos mais alguns detalhes da vinda triunfal do Cristo:
a) Ele é fiel e verdadeiro (Ap 19:11):  Este título demonstra o caráter de Cristo;
b) De sua boca sairá uma espada aguda (Ap 19:15): Assim como Ele chamou este mundo à existência pela Sua Palavra, proferida de Sua boca, assim também Ele conquistará o mundo, provando ser o Deus
Criador;
c) Seu nome será Rei dos Reis, Senhor dos Senhores (Ap 19:16): A humanidade passou sua existência à  procura de alguém para servir.Todavia o único Senhor digno de ser servido é o Senhor Jesus Cristo!
Quais os nomes do anti-Cristo?
Nas Escrituras Sagradas encontramos várias passagens sobre os nomes do antiCristo. Vejamos:
a)  "Anti-Cristo" é uma expressão que encontramos apenas nas epístolas de
João. Caracteriza em especial o  seu caráter anticristão, o qual é expresso pelo fato de ele negar o Pai e o Filho (1 Ts 2:18-22);
b) "Homem da iniqüidade" (2 Ts 2:3). Toda a forma de injustiça terá a sua plenitude num homem; a iniquidade será concentrada, por assim dizer, num homem, que é aqui caracterizado como o "homem da iniquidade”;
c) Também é referido como o "filho da perdição" (2 Ts 2:3). Esta expressão caracteriza a sua horrível origem e o seu fim medonho;
d)  "O iníquo" (2 Ts 2:8) aponta-o como sendo o egoísmo personificado, em nítido contraste com Aquele que jamais buscou os Seus próprios interesses e, em lugar disso, fez o que era do agrado do Pai; 39
e)  "Outra besta" (Ap 13:11-16). Ele é o imitador de Cristo, em seu poder e em seu caráter; ele tem "dois chifres, parecendo cordeiro", mas as suas palavras revelam a sua origem satânica, pois fala "como dragão";
f)  "O falso profeta" (Ap 16:13 e Ap 19:20). Este nome mostra a sua influência enganadora, mediante a qual se apresentará à rebelde Israel, como porta-voz de Deus;
g)  "Pastor inútil e insensato" (Zc 11:15-17). Em lugar de apascentar o rebanho, esse pastor -- que se levantará por justa retribuição de Deus, porque Israel rejeitou os Pastores  e o Rei da parte de Jeová -- tratará cruelmente o rebanho. Mas a espada (Juízo) lhe cairá sobre o seu poder e inteligência ("seu braço e olho direito") de que ele se enaltece;
h)  "Homem sanguinário e fraudulento" (Sl 5:6). Esta e outras denominações
nos Salmos referem-se ao anti-Cristo. O seu significado provém do respectivo contexto.
O Milênio
A Bíblia Sagrada aborda em dezenas de textos do Antigo e do Novo Testamento, o assunto referente a um reino futuro e terrestre, literal e extraordinário e, celestial no que concerne ao seu caráter, que prevalecerá por 1000 anos. Por causa do período de mil anos criou-se a terminologia “Milênio”, que também é citada na Bíblia, em Apocalipse 20:1-7.
A capital deste reino será em Jerusalém e Cristo reinará sobre a terra, cumprindo as alianças abraâmica e davídica, bem como a nova aliança. Será um período de paz, justiça, obediência e verdade!
  No sistema teológico de interpretação dispensionalista, o Milênio será a última dispensação, das sete existentes, a saber:
a) Inocência;
b) Consciência;
c) Governo Humano; 40
d) Promessa;
e) Lei;
f) Graça;
g) Milênio.
O Milênio também é chamado de “reino dos céus” (Mt 6:10), “reino de Deus” (Lc19:11), “reino de Cristo” (Ap 11:15), “tempos de refrigério” (At 3:19) e o “mundo por vir” (Hb 2:5).
Batalha Final
A relação deste reino do Milênio com satanás é que neste período o anti-Cristo estará acorrentado, porém sendo libertado no final dos mil anos, para liderar uma revolta final contra o Cristo (Ap 20). Todavia, satanás será vencido e lançado definitivamente no lago de fogo.
  Satanás fará alianças com nações rebeldes contra o povo de Deus. Mas, no final será envergonhado e derrotado por intervenção de Deus (Ap 9:10). Gogue e Magogue Em Apocalipse 20:8-10, numa profecia menos detalhada, aparecem os nomes  Gogue e Magogue, que já haviam  sido mencionados pelo  profeta Ezequiel nos capítulos 38 e 39. Todavia a passagem do Novo testamento não tem nenhuma relação com as outras passagens do Antigo Testamento.
O Gogue e Magogue citados no texto apocalíptico estão relacionados aos povos do Milênio que se rebelarão contra Deus e que lançarão um frenético ataque contra os santos de Deus, sendo coordenados por satanás. Ao final, sairão derrotados! 41
Juízos Futuros
Existem seis tipos de juízos mencionados na Bíblia que examinaremos sob os
seguintes aspectos: Sujeito, Lugar, Tempo, Base de Julgamento, Resultado e
Textos.
a) 1º Juízo:
 Sujeito: Crentes com respeito ao pecado;
 Lugar: Calvário;
 Tempo: 30 a.C.;
 Base de Julgamento: A obra consumada por Cristo;
 Resultado: Morte de Cristo e Justificação para o pecador que crê em
Jesus Cristo;
 Textos: Rm 10:4, Gl 3:13, 1 Pe 2:24, Rm 8:1-2 e Jo 5:24; 
b) 2º Juízo:
 Sujeito: Crentes com respeito às obras;
 Lugar: Tribunal de Cristo no Céu;
 Tempo: Depois do Arrebatamento da Igreja;
 Base de Julgamento: Suas obras após a salvação;
 Resultado: Recompensa ou perda da recompensa;
Textos: 2 Co 15:10, Rm 14:10, Tg 1:12, Ap 2:10, 1 Pe 5:4, 1 Ts 2:19-
20, Fl 4:1, Dn 12:1, 2 Tm 4:8, 1 Co 3:11-15 e 1 Co 9:25-27;
Obs.: TIPOS DE RECOMPENSA (GALARDÃO):
 Coroa da Vida (Coroa de Mártir): Os que não recuaram em face
da morte (Tg 1:12 e Ap 2:10); 42
 Coroa da Glória (Coroa do Pastor ou Mestre): Não serviram por
motivo do ganho desonesto e nem tentaram dominar a herança
do Senhor (1 Pe 5:4);
 Coroa da Alegria (Coroa do Ganhador de Almas): Os que
ganharam almas para Jesus (1 Ts 2:19-20, Fl 4:1 e Dn 12:1);
 Coroa da Justiça (Coroa de quem aguarda a vinda de Cristo):
Os que acreditaram e esperaram o retorno do Senhor (2 Tm
4:8);
 Coroa Incorruptível (Coroa do Vitorioso): Para aqueles que
vivem no Espírito (1 Co 9:25-27);  
 
c) 3º Juízo:
 Sujeito: Os Judeus (Israel) vivos na segunda vinda de Cristo;
 Lugar: Jerusalém e vizinhanças;
 Tempo: Grande Tribulação e na segunda vinda de Cristo;
 Base de Julgamento: Rejeição de Israel a Deus, a Jesus e ao Espírito
Santo;
 Resultado: Israel será convertida, aceitando Jesus como seu Messias.
Os salvos entrarão no reino e os perdidos serão lançados no lago de
fogo;
 Textos: Ez 20:33-38, 22:19-22, Jr 30:4-7 e Dn 12:1; 
d) 4º Juízo:
 Sujeito: As Nações ou Gentios vivos na época da volta de Cristo;
 Lugar: Trono da Glória, no Vale de Josafá;
 Tempo: Logo após a vinda de Cristo;
 Base de Julgamento: A maneira em que trataram os judeus, os irmãos
de Jesus; 43
 Resultado: Algumas nações salvas e outras destruídas. Os salvos
entrarão no reino e os perdidos serão lançados no lago de fogo;
 Textos: Mt 25:31-46 e Jl 3:2;
 
e) 5º Juízo:
 Sujeito: Os mortos ressuscitados ou os mortos não-redimidos;
 Lugar: Perante o Grande Trono Branco;
 Tempo: Durante a renovação da terra pelo fogo;
 Base de Julgamento: O que faz serem julgados é a rejeição da
salvação em Cristo e o fogo do juízo é a demonstração de que pelas
próprias más obras merecem a punição eterna;
 Resultado: Lançados no lago de fogo para sempre;
 Textos: Ap 20:11-15 e Jo 5:38;
f) 6º Juízo:
 Sujeito: Os Anjos Caídos;
 Lugar: Não especificado;
 Tempo: Provavelmente depois do Milênio;
 Base de Julgamento: Desobediência à Deus ao seguirem a satanás em
sua revolta;
 Resultado: Lançados no lago de fogo;
 Textos: Jd 6 e 1 Co 6:3.
Ressurreições
Analisaremos a seguir dois tipos de ressurreição que ocorrerão no final dos
tempos: 44
a) Ressurreição dos Justos (Lc 13:14 e Jo 5:28-29):
 Inclui os mortos em Cristo, que são ressuscitados no Arrebatamento
da Igreja (1 Ts 4:16);
 Inclui os salvos durante o período da Tribulação (Ap 20:4);
 Inclui os santos do Antigo Testamento (Dn 12:2 - Alguns crêem que
serão ressuscitados no Arrebatamento; outros pensam que isso se
dará na segunda vinda). Todos estes  são incluídos na primeira
ressurreição; 
b) Ressurreição dos Ímpios (Ap 20:11-15):
 Todos os não-salvos serão ressuscitados depois do Milênio para
comparecerem perante o Grande Trono Branco e serem julgados.
Esta segunda ressurreição resulta na segunda morte para todos os
envolvidos.
Nova Jerusalém
Nos capítulos 21 e 22 do Apocalipse encontramos informações sobre a Nova
Jerusalém:
a) Nova Ordem: Fim da velha ordem e início da nova ordem – novo céu e
nova terra; Deus diz ao apóstolo João: “eis que faço novas todas as
coisas” (Ap 21:5); “esperamos novos céus e nova terra nos quais habita
justiça” (2 Pe 3:13);
b) Mar: Símbolo de luta e dominação, de mistério e perigo; por outro lado,
diz que todas as coisas são recriadas (Ap 21:5);
c) Cidade Santa: Assim como Babilônia é símbolo do sistema contra Deus,
assim Jerusalém é símbolo da habitação de Deus e do Seu povo; 45
d) Tabernáculo de Deus: Deus habitará com os homens – este é ponto
máximo da bendita esperança cristã;  “contemplarão a Sua face” (Ap
22:4);
e) Cidadãos dos Céus: Os vencedores têm acesso, mas há lista de pessoas
que não têm permissão para entrar (Ap 21:8; Ap 22:15 e Sl 15);
f) Descrição da Cidade: A glória da Jerusalém Celestial; suas medidas,
portas e fundamentos (Ap 21:9 até Ap 22:5); 
g)  Templo: Não háverá templo na cidade, porque Deus habita com os
homens (Ap 21:22) e os santos contemplarão a Sua face (Ap 22:4). 46
Conclusão
O presente trabalho foi apresentado de forma resumida, todavia os principais
aspectos escatológicos foram abordados e ficou claro que o assunto é atual e de
suma importância para a Igreja de Cristo, pois reflete as promessas e profecias
que se cumpriram e que ainda se cumprirão.
Vivemos em um mundo conturbado, injusto e sem amor, sendo coordenado
momentaneamente pelo príncipe deste mundo... Enquanto esperamos os grandes
acontecimentos finais, você já parou para  refletir como está a sua vida cristã
hoje?  "Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim
como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus" (Ef 5:15-16). 
Se Jesus Cristo voltasse hoje você estaria preparado ou se surpreenderia? É
claro que a resposta seria que estaria  preparado, caso você seja um cristão
verdadeiro! Porém, o mundo e os ímpios que nele habitam certamente se
surpreenderão! Pois Ele virá em Glória “num abrir e fechar de olhos”...
O livro do Apocalipse e a Escatologia – Doutrina das Últimas Coisas nos
fornecem noções para nos posicionarmos nesta guerra espiritual, pois é certo que
há uma atuação maligna agindo aqui na Terra tentando nos tirar do caminho e
nos iludir a cada instante!
Devemos lembrar que antes de todas estas coisas apocalípticas acontecerem,
sinais precederão as mesmas e os selos apocalípticos deverão ser abertos, um a
um. Mas, devemos vigiar e orar. Em Mateus 24:45-46 está escrito: “Quem é, pois
o servo fiel e prudente, que o senhor pôs sobre os seus serviçais, para a tempo
dar-lhes o seu sustento? Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor,
quando vier, achar assim fazendo”. Seja fiel ao Senhor dos Senhores! E jamais se
esqueça: vigie sempre! Assim, você garantirá seu lugar quando o Arrebatamento
acontecer e estará livre da Tribulação. 
Lembre-se que a primeira vinda de Jesus Cristo, ou seja, seu nascimento entre
nós é uma promessa cumprida! Que a certeza da segunda vinda de Jesus Cristo
seja para você boa expectativa e fator motivador para que você seja obediente e
tenha compromisso com o Rei dos Reis! Amém! 47
Pequeno Glossário Escatológico
Anti-Cristo  – Espírito e/ou personificação daquele que nega a Jesus o Cristo;
satanás; inimigo. "Mas é o espírito do anti-Cristo de cuja vinda tendes ouvido, e já
está agora no mundo." (1 Jo 4:3);
Apocalipse - Significa Revelação. Referido em 1 Co 1:7 como a revelação ou
manifestação de Jesus por ocasião de sua vinda;
Apostasia – Perda de fé em massa da população e/ou traição a fé;
Crente – Que crê; aquele que acredita na existência de Deus;
Dogma  – Ponto fundamental  e indiscutível de uma doutrina religiosa; opinião
aceita e apresentada como incontestável e indiscutível;
Doutrina – Conjunto de princípios em que se baseia um sistema religioso, político
ou filosófico; conjunto dos dogmas de uma religião;
Escatologia - estudo sobre os últimos acontecimentos. O vocábulo Escatologia é
formado de duas palavras gregas:  escathos, que significa último, e  logos, que
significa ciência; 
Fé  – Palavra do latim  fides. O termo é empregado em muitas acepções que
poderiam ser divididas em profanas e religiosas. No sentido profano, significa dar
crédito na existência do fato, fazer bom juízo sobre alguém, expressar sinceridade
no modo de agir, etc. Quando o testemunho no qual se baseia a confiança
absoluta é a revelação divina, fala-se de Fé no seu sentido religioso. A Fé, neste
sentido, não é um ato irracional;
Fim do Mundo – termo popular e mundano para o fim dos tempos. Algumas
pessoas traduzem o termo como o fim da humanidade, mas não é verdade, será
apenas o fim dos maus e triunfo dos bons com Jesus Cristo;
Fim dos Tempos – Época que precede a vinda de Jesus, quando acontecerá o
fim do tempo de dominação de satanás. No Apocalipse, anuncia-se, portanto, a
proximidade da hora para a vinda do Senhor;
Gentios – O termo "gentio" é  tradução da palavra hebréia  goi  que significa
membro de um povo não-judeu. Considerando-se filhos de Abraão, com quem
Deus celebrou uma Aliança especial, os judeus fizeram nítida distinção entre eles
mesmos e as outras nações;48
Juízo Final – Também chamado de Juízo coletivo, acontecerá por ocasião da
volta gloriosa de Cristo. "Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que
todos os que se acham nos sepulcros sairão deles ao som de sua voz: os que
praticaram o bem irão para a ressurreição da vida, e aqueles que praticaram o
mal ressuscitarão para serem condenados"  (Jo 5: 28-29);
Profecia – 1) Na tradição bíblica, é a  mensagem de Deus transmitida por um
profeta, com freqüência a denunciar pecados de uma pessoa, do povo de Deus
ou dos gentios. Todavia, há profecias de anúncio dos desígnios misericordiosos
de Deus, entre as quais os messiânicos. No Novo Testamento, Jesus Cristo é a
pessoa onde se realizaram as profecias antigas, e, ao mesmo tempo, Ele é o
grande Profeta que anunciou com a maior segurança acontecimentos como a Sua
morte e ressurreição, o envio do Espírito Santo, a destruição do Templo de
Jerusalém, dentre outras coisas; 2) Em teologia, profecia é, em sentido lato, toda
a proclamação da Palavra de Deus, equivalente a revelação. É também a
predição de um acontecimento naturalmente imprevisível, situando-se entre o
milagre, com grande valor apologético.

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