Doutrina das
Últimas Coisas
Um assunto que deveria ser de suma importância
para os cristãos e também estar sempre em pauta é a “Doutrina das Últimas Coisas”, ou
seja, a Escatologia.
Todavia não é o que se observa nos dias atuais. Parece que o
velho interesse pelas coisas que irão acontecer, descritas na Bíblia
Sagrada, esfria-se ao longo dos anos e, vez ou outra volta à nossa mente. Mas, esta vaga
lembrança somente ocorre quando há uma catástrofe em alguma parte do
nosso planeta!
Existem inúmeros livros e obras que se remetem a este
interessante assunto a Escatologia. Porém, muitas vezes, os escritores se utilizam
de especulações infundadas, interpretações impróprias e inferências absurdas e até chegam a conclusões sem sintonia com a Palavra de Deus. São Teologias
sem revelação,
vazias, mortas e por vezes, diabólicas!
A única unanimidade que há entre os teólogos e estudiosos é
em relação à volta de Jesus. Sim, Ele voltará! Nos demais aspectos da Escatologia são várias as correntes defendidas.
Estas dificuldades na interpretação dos aspectos da
“Doutrina das Últimas Coisas” se dão por quatro fatores abaixo listados:
a) Abismo histórico: separação temporal;
b) Abismo cultural: diferenças entre as culturas dos povos;
c) Abismo lingüístico: hebraico, aramaico e grego;
d) Abismo filosófico: várias opiniões entre a cultura acerca
da vida, das
circunstâncias e do Universo.
Talvez, o descaso parcial por esta doutrina acerca do fim
das coisas tenha razões ligadas às circunstâncias das épocas e dos acontecimentos vivenciados pelos povos. Por exemplo, durante os períodos de guerra mundial em
nossa civilização,aumentaram as publicações de literaturas sobre este tema.
Depois do término
das guerras os assuntos escatológicos saíram das prateleiras
e voltaram somente na virada do milênio.
No Passado, os pastores frisavam em suas mensagens os
aspectos sobre o Arrebatamento e sobre o dia glorioso do encontro com o
Cristo. Entretanto, hoje,quase não se abordam temas sobre este assunto nas igrejas,
raras as exceções.
Hoje, as pregações focam mais o tema da “Prosperidade material” e alteraram sobremaneira a esperança dos
cristãos do Futuro para o Presente. Talvez, o desinteresse pelo assunto é porque o cristão é muito
imediatista e não vê o lado prático das profecias.
O alerta é que não podemos perder de vista que as Escrituras
Sagradas estão repletas de textos que mostram a importância da Escatologia,
no nosso dia-a-dia (Rm 6:8,11;
1 Co 3:10-15; 2 Co 5:10; 1 Ts 4:13-18 e 2 Pe 3:10-14). É preciso,pois, resgatar a importância da “Doutrina das Últimas
Coisas” para o nosso tempo, divulgando totalmente o assunto e também o seu
aspecto prático a todos,
antes que seja tarde demais!
Abordaremos neste trabalho vários aspectos temáticos da
Escatologia e salientamos que procuramos de forma equilibrada e sensata, aproximar ao máximo o conteúdo escatológico com a base bíblica pertinente, de forma a obtermos uma perfeita hermenêutica, ou pelo menos, mais
próximo deste
princípio de interpretação.
Todavia, muitas revelações são ainda um mistério de Deus
para os homens!
Tenha uma ótima reflexão! 10
O que é Escatologia?
O vocábulo Escatologia é formado de duas palavras
gregas: escathos, que significa último, e
logos, que significa ciência. Assim, a Escatologia é a ciência das últimas coisas.
Apesar de se encontrar menção de vários textos escatológicos no Antigo e no Novo Testamento é exatamente no último livro da Bíblia, no
Apocalipse que estão contidas muitas revelações deste tempo vindouro.
Apocalipse (grego
Apocalypsis) significa revelação, descobrimento de algo que está encoberto ou ainda, tirar o véu.
O apóstolo João escreveu ou ditou sua escrituração em forma
de carta e contendo elementos apocalípticos e proféticos quando estava
exilado na Ilha de Patmos, entre 90 e 96 d.C., durante o reinado do imperador
Domiciano.
Sinopse do Livro de Apocalipse
O livro pode ser dividido numa série de visões
escatológicas, algumas destas visões são parciais ou totalmente veladas. Por outro lado,
outras visões são comparativamente claras em seus esclarecimentos.
O Apocalipse não é um livro comum! Vejamos a seguir a
sinopse desta obra bíblica:
- CAPÍTULO 1
a) Introdução e promessa aos leitores obedientes (vers.
1-3);
b) Saudação de João e do Cristo glorificado (vers. 4-8);
VISÃO I
c) Do Cristo glorificado (vers. 9-16);
d) A ordem de escrever às sete igrejas (vers. 19);
e) Mensagens às igrejas (caps. 2-3); 11
- CAPÍTULO 2
a) Mensagem à Éfeso, a igreja reincidente, persistente no
serviço, estrita na
disciplina, mas esfriando-se em seu amor (vers. 1-7);
b) Mensagem à Esmirna, a igreja pobre, mas verdadeiramente rica, que
enfrenta um período de perseguição (vers. 8-11);
c) Mensagem à Pérgamo, a igreja num ambiente perverso, firme
mas
infectada com heresia (vers. 12-17);
d) Mensagem à Tiatira, a igreja de boas obras, mas que
tolerava uma falsa
profetisa (vers. 18-29);
- CAPÍTULO 3
a) Mensagem à Sardes, a igreja moribunda (vers. 1-6);
b) Mensagem à Filadélfia, a igreja fraca, mas fiel (vers.
7-13);
c) Mensagem à Laodicéia, a igreja morna, satisfeita consigo
mesma, que se
orgulha da sua riqueza, mas que é miserável, pobre, cega e
nua (vers. 14-
22);
VISÃO II (Parcialmente velada)
- CAPÍTULO 4
a) A visão de Deus no céu sobre seu trono, o Criador do Universo
recebendo a adoração dos seres viventes e dos vinte e quatro
anciãos (vers.
1-11); 12
- CAPÍTULO 5
a) O Cordeiro abre o livro dos sete selos, o cântico novo e
a adoração
universal do Cordeiro. Interpretação sugerida: somente
Cristo pode
descobrir os mistérios divinos mais profundos (vers. 1-14);
- CAPÍTULO 6
a) A abertura dos seis selos, (velada) (vers. 1-17). Tem
havido muitas
interpretações diferentes; não vale a pena juntar outra. Uma lição clara,
(vers. 9-11), é que os crentes são provados pela demora
divina;
VISÃO III (Parcialmente velada)
- CAPÍTULO 7
a) Pensamento sugerido: Deus protege seu povo escolhido
(vers. 1-8);
VISÃO IV
b) Certezas reconfortantes (cap. 7);
c) A multidão incontável dos redimidos (vers. 9-10);
d) Os meios mediante os quais eles aparecem na presença de
Deus (vers.
13-15);
e) Suas atividades e seu gozo eterno (vers. 15-17);
VISÃO V (Parcialmente velada) 13
- CAPÍTULO 8
a) Evento transcendental, a abertura do sétimo selo, causa
silêncio no céu (vers. 1). Possível explicação: toda a música e as vozes dos
anjos silenciaram porque durante o período do sétimo selo, Cristo
devia sair para a sua missão na Terra. Isto não é mera imaginação. O fim do
tempo evidentemente se aproximava. Se esta interpretação é
correta, em 8:1 nos encontramos na fonte exata do plano divino de salvação, e
veremos que os eventos focalizam até o filho varão do capítulo.
b) Supõe-se que as orações dos santos subiram a Deus pedindo
a vinda do
reino messiânico (vers. 3-4);
- CAPÍTULO 9
a) Logo continua uma porção velada da visão, o toque das
seis trombetas,caps. 8 e 9, que segundo parece, anuncia os juízos
vindouros;
- CAPÍTULOS 10 e 11
VISÃO VI (Parcialmente velada)
a) A única coisa clara é que os eventos parecem apontar a grande consumação pelo fato do anjo poderoso anunciar que não
haveria mais demora (10:5-7), mas que as boas novas referidas pelos
profetas estão
prestes a ser cumpridas;
b) Entre tantas opiniões diferentes, é temerário sugerir uma
interpretação do livrinho do capítulo 10 e das duas testemunhas do capítulo
11. Já que estes precedem imediatamente a visão do nascimento do filho varão
do capítulo12, eles podem referir-se ao período profético anterior à
vinda de Cristo;
c) Talvez dos capítulos de 12 a 20 contenham visões
parcialmente veladas relacionadas com o grande conflito messiânico;
VISÃO VII
- CAPÍTULOS 12 e 13
a) O grande evento da época, o nascimento do filho varão,
Cristo, e a manifestação simultânea dos poderes satânicos organizados
para destruí-lo.
A justificação deste ponto de vista é que durante a vida de Cristo na Terra os poderes das trevas estavam em intensa atividade. Note a intenção de Herodes de destruir o menino Jesus, os numerosos casos de possessão satânica e a oposição maligna que resultou na crucificação de Cristo. Não há aqui nenhuma interpretação detalhada dos mistérios, mas se chama a atenção para as armas espirituais com as quais seria ganha a vitória, em 12:11;nVISÃO VIII (Parcialmente velada) - CAPÍTULO 14
A justificação deste ponto de vista é que durante a vida de Cristo na Terra os poderes das trevas estavam em intensa atividade. Note a intenção de Herodes de destruir o menino Jesus, os numerosos casos de possessão satânica e a oposição maligna que resultou na crucificação de Cristo. Não há aqui nenhuma interpretação detalhada dos mistérios, mas se chama a atenção para as armas espirituais com as quais seria ganha a vitória, em 12:11;nVISÃO VIII (Parcialmente velada) - CAPÍTULO 14
a) Sem nenhuma interpretação forçada, é possível olhar este
capítulo como um resumo profético do conflito vindouro entre o Cordeiro e seus inimigos (vers. 1-13). Se este ponto de vista é aceito, nos primeiros
cinco versículos os cento e quarenta e quatro mil representariam os crentes
advindos da primeira dispensação; os versículos 6-7 se refeririam ao
começo de uma atividade missionária em todo o mundo; os versículos 8-11
seriam anúncios preliminares da vitória final e os versículos 12-13 se
refeririam à bemaventurança dos crentes mortos. 15 VISÃO IX (Parcialmente velada)
b) A sega e a vindima (vers. 16-20); VISÃO X (Parcialmente velada) - CAPÍTULO 15
a) Os primeiros vencedores e seu cântico (vers. 1-4);
b) Os sete anjos e as taças de ouro (vers. 5-8);- CAPÍTULO 16
a) O derramamento das sete taças da ira (vers. 1-21); VISÃO XI (Velada)
- CAPÍTULOS 17 e 18
a) A queda de Babilônia, a cidade prostituta, e dos inimigos
do Cordeiro que
a venceram;
VISÃO XII
- CAPÍTULO 19
a) O coro de aleluia no céu, celebrando a vitória espiritual
(vers. 1-6);
b) As bodas do Cordeiro (vers. 7-9); 16 VISÃO XIII (Parcialmente velada)
c) Cristo, o conquistador espiritual, sobre um cavalo
branco, fere as nações com a espada do Espírito
(vers. 11-16);
(vers. 11-16);
d) Parcialmente velada: Cristo vence a besta, o falso
profeta e a seus aliados; VISÃO XIV (Parcialmente velada) - CAPÍTULO 20
a) O aprisionamento de Satanás (vers. 1-3);
b) A primeira ressurreição (vers. 4-6);
c) Satanás é desamarrado; sua atividade maligna (vers. 7-9);
d) A queda de Satanás, a besta e o falso profeta (vers. 10);
e) O juízo final (vers. 11-15);
VISÃO XV
- CAPÍTULO 21
a) Suas características: Origem celestial (vers. 2),
radiante (vers. 11), separada e protegida (vers. 12), acessível (vers. 13), alicerces
firmes (vers.14), inabalável (vers. 16), formosamente adornada (vers.
18-21), com um templo espiritual (vers. 22), iluminada por Deus (vers. 23-25), glorificada (vers. 26) e livre de manchas (vers. 27); 17 - CAPÍTULO 22
a) O paraíso restaurado. Suas características distintivas: o
rio da vida (vers.1), a árvore da vida (vers. 2), sem maldição (vers. 3), a
visão beatífica damarca divina nos santos (vers. 4), o dia eterno e o domínio
dos santos (vers.5);
b) Os últimos ensinos: fiéis e verdadeiros (vers. 6),
ressaltam o iminente regresso do Senhor (vers. 7), deve se adorar somente a Deus
(vers. 8-9), o caráter leva à permanência final (vers. 11), a última
promessa (vers. 14), o último convite (vers. 17) e a última advertência (vers.
18-19);
c) Bênção e oração (vers. 21).Como pode ser interpretado o Apocalipse? Existem quatro pontos de vista básicos utilizados pelos
pesquisadores, a saber:
a) Preterista: A maioria das profecias (ou todas), já se
cumpriu no Passado.Este ponto de vista fecha a questão nas circunstâncias
vividas na época por João, o que em parte
certamente, está correto. Todavia, despreza o fato de ser uma profecia, descrita em Apocalipse 1:3:
“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e
guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”;
b) Histórico: As profecias estão se cumprindo e serão
cumpridas totalmente na Era da Igreja, ou seja, na dispensação atual. Este
posicionamento foi sustentado pela maioria dos reformadores, que interpretaram
a Roma papal como a besta do Apocalipse. Todavia, as explicações
interpretativas
carecem de um posicionamento totalmente convincente e exato;
c) Idealista: Não acreditam em uma cronologia das profecias,
sendo que as passagens proféticas são simbólicas e apenas ensinam idéias
e verdades para confirmar o triunfo de Deus. A contradição neste
posicionamento é que o apóstolo João escreveu que profetiza sobre eventos que
ocorreram
nos últimos dias; 18
d) Futurista: Os adeptos deste ponto de vista acreditam que
todos os eventos ocorrerão no Futuro, durante a Grande Tribulação, na segunda
vinda de Jesus Cristo e no Milênio. Neste caso, os estudiosos
consideram com seriedade o elemento preditivo, conforme as passagens
bíblicas em Ap 1:19 e Ap 4:1.
Nenhum dos pontos de vista descrito é plenamente satisfatório. Devido à ausência de princípios interpretativos sadios e da
existência de muita especulação em relação à interpretação do Apocalipse, se faz
necessário observar alguns princípios básicos que listamos a seguir:
a) Deve-se procurar a intenção original do autor e,
portanto, do Espírito Santo
que foi o inspirador daquela obra;
b) Interprete literalmente, apesar das revelações proféticas
que podem ser dadas. Certamente, algumas verdades literais virão à tona,
conforme já ocorreu em profecias já cumpridas;
c) Considerando o conteúdo profético, devemos manter a mente
aberta às possibilidades de um sentido secundário, inspirado pelo Espírito Santo.
d) Procurar interpretar o Apocalipse à luz do restante da Bíblia Sagrada. É aceitável reconhecer a utilização que o apóstolo João faz
das figuras tiradas de Daniel ou Ezequiel. Todavia, não podemos tomar
por certo
conforme fazem algumas escolas de interpretação que os
leitores de João precisavam ter lido primeiramente o evangelho de Mateus e as
epístolas I e II Tessalonicenses e que já sabiam com base nestes textos,
certas
chaves para compreensão do Apocalipse;
e) Tomar cuidado na interpretação por causa da linguagem
figurada, utilizada por João, considerando ainda, a natureza apocalíptica e
profética;
f) Observe os
relacionamentos de tempo. Dentro de uma mesma profecia podem estar listados fatos que ocorrerão em diferentes
momentos, distantes no tempo;
g) Observe sempre que o tema central de todas as profecias é
Jesus Cristo.Sua pessoa e suas ações são o grande tema da história profética (Ap19:10).
Divergências interpretativas surgem a respeito da segunda
vinda de Cristo, tendo
quatro visões diferenciadas: a posição não literal ou espiritualizada, a
pósmilenista, a amilenista e a pré-milenista.
Posição Não literal ou Espiritualizada
Esta posição nega que haverá um retorno literal, físico e
pessoal de Jesus Cristo à Terra.
Os adeptos desta visão acreditam que a segunda vinda foi
cumprida na destruição de Jerusalém, ou no dia de Pentecostes, ou na
morte do crente, ou na conversão das pessoas ou ainda, pelo contínuo avanço
espiritual da Igreja.
A segunda vinda não é literal, mas sim todos os
acontecimentos da era cristã, ou seja, a obra de Cristo.
Posição Pós-Milenista
Neste pensamento a segunda vinda de Cristo se dará depois do
Milênio, que é a parte final da Era da Igreja ou na dispensação atual. A
Bíblia afirma que será um período de mil anos de paz e abundância promovido pelos
esforços da Igreja.
Depois deste fato, Jesus Cristo voltará e ocorrerá a
ressurreição geral, julgamento geral e a introdução da plenitude do Céu e do inferno (Apocalipse
20).
A interpretação pós-milenista é amplamente espiritualizada
no que tange a profecia. 20
Posição Amilenista
Neste caso a segunda vinda de Jesus Cristo se dará no fim da
época da Igreja e não existe um Milênio na Terra. Os adeptos amilenistas
acreditam que a presente condição dos justos no céu é o Milênio e que a Era da Igreja
terminará em um tempo de convulsão, sendo que os fatos seguintes são:
retorno de Cristo,
ressurreição e juízo gerais e finalmente, a eternidade.
Veja o esquema a seguir: 21
Posição Pré-Milenista
A posição Pré-Milenista acredita na interpretação literal
das profecias do Antigo Testamento, defendendo que a segunda vinda de Cristo acontecerá antes do milênio, sendo instaurado um reino sobre o qual Ele reinará
por mil anos. Após o reinado, ocorre a ressurreição e o juízo dos não salvos,
vindo por último à
eternidade. Nesta linha de pensamento não há unanimidade
quanto ao tempo em
que vai ocorrer o arrebatamento da Igreja.
Diferença entre o Pré-Milenista Histórico e Dispensacionalista
Existem duas vertentes de pensamento dentro da visão
Pré-Milenista. Vejamos
as diferenças:
a) Histórico: É permitida a divisão do tempo da história da humanidade
de qualquer forma, desde que seja considerado o Milênio depois da
segunda vinda de Jesus Cristo;
A segunda vinda é apenas um evento, mas sinais devem
precedê-la;
Acreditam em duas ressurreições: a dos justos antes do
Milênio e a dos ímpios, depois do Milênio; 22
Neste pensamento a Igreja estava prevista no Antigo
Testamento, como também a Era dos Gentios estava também prevista e preparada
por Deus, conforme as Escrituras.
b) Dispensacionalista:
A única forma de
divisão do tempo permitida é em 7 dispensações. Neste caso, a atual dispensação seria a 6ª e a última será o
Milênio, que ocorrerá depois da segunda vinda;
A segunda vinda se dará em dois momentos: Arrebatamento e revelação;
É introduzida uma
terceira ressurreição dos Santos da Grande tribulação, que se dará na Revelação;
Nenhum sinal precisa acontecer para ocorrer o
Arrebatamento;
A Igreja é um mistério não revelado no Antigo
Testamento e a Era dos gentios só foi introduzida por causa da rejeição do Messias
pelo povo de Israel.
O Arrebatamento
O Arrebatamento da Igreja será um grande evento mundial e é
um assunto que divide opiniões entre os teólogos. Os Pós-Milenistas e os
Amilenistas entendem que o Arrebatamento se dará no final desta era e será
simultâneo com a segunda vinda de Jesus Cristo. Já o pensamento dos Pré-Milenistas
sugerem várias
possibilidades, ou seja, existem diversos pontos de vista.
Em 1 Tessalonicenses 4:16-17 está escrito: “Pois, dada a
ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor
descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os
que estivermos vivos seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com
o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre”.
Profeticamente o Arrebatamento está ligado a outros eventos
também importantes. Vejamos: 23
a) Será o maior evento da Humanidade antes da segunda vinda
do Cristo;
b) Este evento extraordinário marcará o término da
Dispensação da Graça –
momento em que Deus tem agido por meio do Espírito Santo
para salvação das almas;
c) O Arrebatamento da Igreja do Senhor determinará a volta
do relacionamento presente de Deus com Israel;
d) Este magnífico acontecimento marcará o início da 70ª
semana de Daniel ou Tribulação, sendo o pior tempo da história da civilização
terrestre. O mundo estará em caos absoluto.
Na Bíblia encontramos outras passagens de arrebatamentos
anteriores, como por exemplo, o profeta Enoque que foi arrebatado antes de um
grande juízo de Deus, o Dilúvio (Gn 5:24).
Elias, outro profeta também foi arrebatado em um “carro de
fogo” antes de um grande juízo de Deus sobre as dez tribos, quando foram
levados para o cativeiro (2 Reis 2:8-11).
Assim, em certo dia, a Igreja será arrebatada antes do maior
juízo que Deus imputará na Humanidade.
Quem será arrebatado?
A resposta para esta pergunta está no evangelho de João
5:24, que afirma: “Eu
lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que
me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte
para a vida”.
Alguns estudiosos argumentam que a Igreja deve ser
purificada pelos sofrimentos e pavores da Grande tribulação para que seja arrebatada e
obtenha a salvação.
Todavia, esta lógica da mente humana é gerada em função do reconhecimento da fraqueza e imperfeição humanas. Porém, se examinarmos
detidamente toda a Escritura Sagrada descobriremos que este posicionamento
humano não está em conformidade com a vontade de Deus.
Assim, o cristão prossegue no caminho da santificação e
quando o arrebatamento vier, tudo o que é impuro e de natureza carnal, permanecerá
na Terra. No Céu a 24 Igreja será perfeita em tudo, sem mácula e sem ruga. Haverá
a redenção do
corpo e os salvos receberão corpos glorificados, semelhantes
ao corpo de Cristo na ressurreição. Em Romanos 8:23 está escrito: “E não só
isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção
do nosso corpo”.
Quando será o Arrebatamento?
Não existe menção de nenhuma data na Bíblia. No Evangelho de
Mateus 24:36 está escrito: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém
sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai”.
Jesus Cristo quando esteve entre nós no Passado deixou uma grande lista de acontecimentos que precederiam o arrebatamento e a sua vinda
gloriosa. Tais acontecimentos começariam antes da Tribulação e alcançaria o auge durante estes tempos dolorosos. Veja a seguir os acontecimentos e
que eles sirvam de
alerta! Se analisarem profundamente, verão que alguns deles
já começaram a ocorrer:
a) Incredulidade
(2 Pedro 3:4-13)
b) Apostasia (2
Timóteo 3:1-9)
c) Imoralidade, como nos dias de Noé (Lucas 17:26-33)
d) Esfriamento do amor
(Mateus 24:12)
e) Falsa paz (1
Tessalonicenses 5:1-3)
f) Ditador
Internacional (2 Tessalonicenses
2:2-10)
g) Multiplicação da ciência (Daniel 12:4)
h) Grandes terremotos, fome e peste (Lucas 21:11 e Mateus 24:7)
i) Ajuntamento do
povo Judeu (Lucas 21:29-32 e outras)
j) Falso Cristo,
guerras e rumores
de (Mateus 24:5-12)
Guerras, nações
contra nações, ódio,
Falsos profetas,
iniqüidade, etc. 25
Seqüência dos Eventos no Arrebatamento
Segundo as Escrituras
Sagradas haverá uma seqüência de eventos no Arrebatamento, que listamos a seguir para melhor compreensão
deste importante assunto:
a) Glorificação:
Glorificação: “e aos que justificou, a esses também
glorificou” (Rm 8:30);
Corpo glorificado:
“igual ao corpo da sua glória” (Fp 3:20-21); “seremos
semelhantes a Ele” (1 Jo 3:3);
b) Mortos em Cristo:
Mortos, porém vivos em Cristo: “deixar o corpo e habitar
com o Senhor”(2 Co 5:8); "Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na
verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa
da justiça"(Rm 8:10);
c) Vivos em Cristo:
Vivos: “os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor”
(1 Ts 4:15); Espírito Santo: “Cristo em vós, a esperança da glória” (Cl
1:29);
d) Momento único:
Tempo: “num abrir e fechar de olhos...” (1 Ts 4:16 e 1 Co
15:52);
Trombeta para a Igreja: chamada para o Arrebatamento;
Trombeta para Israel: convocação para reunião dos eleitos
(Is 27:12-13);
e) Ressurreição:
Cristo: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 8:51 e Jo
11:25); 26
Ressuscitando para a verdadeira vida: “os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4:16);
f) Vitória final:
A morte é exterminada: “o último inimigo a ser destruído é
a morte” (1 Co 15:26); “a morte e o inferno foram lançados para dentro do
lago de fogo”(Ap 20:14);
g) Tribunal de Cristo:
Julgamento: “Porque
todos devemos comparecer ante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito
por meio do
corpo, ou bem, ou mal” (Rm 14:10, 2 Co 5:10, 2 Tm 2.11-12 e
Ap 11:18).
Teorias do Arrebatamento
Existem quatro teorias distintas sobre o Arrebatamento da
Igreja. Vejamos a
seguir as particularidades de cada uma delas:
a) Arrebatamento Parcial:
Esta teoria afirma que somente os crentes considerados
dignos serão
arrebatados antes que a ira de Deus se derrame sobre a
Terra, sendo
que os infiéis permanecerão na Terra durante a Tribulação;
Também, esta hipótese não está relacionada ao período
tribulacional, e
somente os que alcançarem nível elevado de espiritualidade é
que serão
dignos de estarem com o Cristo;
Os adeptos desta teoria confundem o arrebatamento com o
galardão,
pois trata como recompensa por causa da vigilância de cada
crente;
Conflitos estruturais da teoria: Esta hipótese coloca em
cheque a unidade
do corpo de Cristo - que é a Igreja, e coloca em cheque
também a Graça 27
de Deus. Por fim, esta teoria coloca parte da Igreja no
período
tribulacional por distorções na interpretação;
Base bíblica utilizada na argumentação: Lc 21:36; Fp 3:20; Tt 2:13; 2 Tm
Base bíblica utilizada na argumentação: Lc 21:36; Fp 3:20; Tt 2:13; 2 Tm
4:8 e Hb 9:28;
b) Arrebatamento Pós-Tribulacional:
Esta teoria afirma que o arrebatamento ocorrerá ao final
da Tribulação;
Neste caso, o arrebatamento é distinto da segunda vinda,
embora seja separado dela por um pequeno intervalo de tempo.
É apoiada a idéia de que a Igreja permanecerá na Terra durante todo o
É apoiada a idéia de que a Igreja permanecerá na Terra durante todo o
período de Tribulação;
Nega a diferença entre o arrebatamento e a manifestação.
Os dois são considerados um só acontecimento;
Os adeptos desta
teoria acreditam que a destruição de Jerusalém, a morte do apóstolo Pedro, o aprisionamento do apóstolo Paulo,
o desenvolvimento da apostasia nos dias atuais e o contido em
Mateus
28:19-20 e Lucas 8:7-18, tornam impossível o retorno
iminente de Jesus
Cristo; Conflitos estruturais da teoria: Esta hipótese nega as
distinções entre o arrebatamento e a manifestação e nega a doutrina da iminência,
que é claramente ensinada na Bíblia Sagrada (Mt 24:27; Mt
24:36-44; 1 Ts 5:1-10; Ap 3:10, dentre outras passagens). Nega ainda, qualquer cumprimento futuro do contido em Dn 9:24-27 e por fim,
distorce o ensino bíblico sobre a natureza e o propósito da Tribulação;
Base bíblica utilizada na argumentação: Mt 24:22, pois
afirma que haverá santos na Terra durante a Tribulação. Baseia-se em passagens
como Mt 28:19-20 e Lc 8:7-18; 28
c) Arrebatamento Mesotribulacional:
Esta outra teoria afirma que o arrebatamento ocorrerá depois de transcorridos três anos e meio do período da Tribulação, ou seja, na primeira metade da 70ª semana de Daniel;
Situa o arrebatamento em Ap. 11 com a ascenção das duas testemunhas, as quais representam os mortos e os vivos;
Acreditam na promessa da libertação da ira e afirmam que
os selos e as
trombetas não são manifestações da ira de Deus;
Não aceita a doutrina da iminência;
Aceita que o “Detentor” de 2 Ts 2:6-8 é o Espírito Santo;
Os adeptos desta teoria identificam a “grande voz” de Ap.
11:12 com 1
Ts 4:16 e a “sétima trombeta” de Ap. 11:15 com a trombeta de
1 Co
15:52 e 1 Ts 4:16;
Conflitos estruturais da teoria: Esta teoria saberia a
data do arrebatamento, contradizendo outros textos da Bíblia. Suas argumentações geram um choque doutrinário a respeito do
“Detentor”,
pois sendo ele o Espírito Santo, que deteria o anti-Cristo,
isto significaria que a Igreja ficará sem o mesmo durante três anos e meio.
Outro aspecto é que se Deus utilizará a Grande Tribulação para
completar o
Seu plano para com o povo de Israel, isto entraria em
conflito com o escrito de Rm 11:25-28;
Base bíblica utilizada na argumentação: 1 Co 15:52, Ap
11:15, Dn 9:24-27, Ap.
11:2-3, Ap. 11:11-12, 1 Ts 4:16, 2 Ts 2:6-8 e Ap 12:6;
d) Arrebatamento Pré-Tribulacional:
O ponto de vista defendido por esta teoria é que o
arrebatamento ocorrerá antes que comece o período de 7 anos da Tribulação.
Assim, a Igreja não passaria pela Tribulação;
Defende-se a interpretação literal das profecias do Antigo
Testamento; 29
A Igreja e Israel são dois grupos distintos para os quais
Deus tem planos diferenciados. Por exemplo, a 70ª semana de Daniel é o
cumprimento de Deus para Israel;
A Igreja só surgiu por causa da rejeição ao Messias por
parte de Israel;
O arrebatamento só pode ser iminente se for
Pré-Tribulacional (1 Ts 5:6); o anti-Cristo não se manifestará até que o Espírito Santo e por conseqüência a Igreja, sejam tirados da Terra;
Durante a Grande Tribulação ocorrerá no Céu o tribunal de
Cristo e as Bodas do Cordeiro com sua noiva, a Igreja;
Conflitos estruturais da teoria: Esta teoria pode estar
distorcida apenas por que adotam a interpretação literal, como por exemplo, as
passagens
proféticas do livro de Daniel;
Base bíblica utilizada na argumentação: Ap 3:10, Ap 6:17,
1 Ts 1:10, 1 Ts
5:6, 1 Ts 5:9 e 2 Ts 2.
A Tribulação
Segundo a Bíblia Sagrada, haverá um tempo futuro que será de
angústia conhecido como Tribulação. Esse momento histórico está entre
o Arrebatamento da Igreja e a segunda vinda de Cristo.
Devemos ser realistas e estar vigilantes, pois depois do
Arrebatamento haverá
um tempo de intensa Tribulação mundial e será o pior período
de sofrimento que o mundo já experimentou.
A Tribulação está relacionada com o “Dia do Senhor”, tantas
vezes mencionadas na Bíblia, principalmente pelos profetas de Deus. Neste
tempo as taças da ira de Deus serão derramadas contra a Humanidade sem Cristo.
O tempo de Tribulação será importante porque, de certa forma, satanás será desmascarado e quem ficar verá suas verdadeiras intenções e
motivações. Essa compreensão do seu plano, se aplicada corretamente, pode
ajudar o cristão hoje na Batalha Espiritual. 30 Motivos da Tribulação e Sua Duração Segundo os estudiosos há dois motivos principais para que a
Tribulação ocorra:
a) Preparar Israel para receber o Messias, pois a restauração
final de Israel está condicionada a Tribulação. Será como uma espécie de
juízo contra a infidelidade do povo Judeu;
b) Castigar a Humanidade incrédula, quando esta alcançar o auge da sua incredulidade, do desamor e da depravação.
O tempo da Tribulação será o cumprimento da 70ª semana de
Daniel e, portanto, durarão sete anos (Dn 9:27). A metade deste período é
apresentada pelas expressões “42 meses” e “1.260 dias” (Ap. 11:2-3). Os três
anos e meio finais serão um período duro, pois Jesus chamou este tempo de
Grande Tribulação e
afirmou que nunca houve e jamais haverá época semelhante.
Durante estes sete anos, o anti-Cristo surgirá, haverá
perseguição aos novos crentes e ao povo judeu, e a grande batalha de Armagedom
acontecerá, após a segunda vinda de Cristo. Todavia, os cristãos podem viver
sossegados com uma única certeza de que a história humana terminará com Jesus
Cristo como o
Vencedor! “Tempo da ira de Deus” X Tribulação Muitos teólogos argumentam sobre qual seria a relação que
existiria entre "o tempo da ira de Deus" e a Tribulação, uma vez que as Escrituras Sagradas
descrevem uma variedade de atividades associadas ao julgamento de Deus durante a Tribulação.
É comum utilizar os termos "Tribulação" e
"ira de Deus" para se referir ao mesmo período de sete anos. Assim, os estudiosos concluíram que o
tempo da ira de Deus acontecerá durante a Tribulação.
A base bíblica para essa conclusão pode ser encontrada em
Deuteronômio 4:30 que descreve esse período do fim dos tempos como tempo de
tribulação. Em Sofonias 1:15 denomina o mesmo dia "de alvoroço e
desolação" e de "dia da ira". 31 Os autores do Novo Testamento tomam esse termo do Antigo Testamento e usam-no como característica geral do que chamamos de período
dos sete anos de Tribulação, já que será um tempo em que a ira acumulada
de Deus será liberada. Principais Acontecimentos na Tribulação
Veremos agora alguns acontecimentos relacionados com a
Tribulação que trarão mais luz sobre o assunto. Começaremos pela abertura dos sete
selos que são descritos a partir do capítulo 6 do livro de Apocalipse,
abordaremos a selagem dos judeus, falaremos sobre a grande multidão de salvos,
sobre os 144.000 e as
vozes, além de outros detalhes importantes:
a) Os quatro primeiros Selos (Ap 6:1-8): Cavalo Branco: O cavaleiro branco é o anti-Cristo, que vem
para vencer no início da Tribulação. A Palavra afirma que ele está
usando uma coroa, mas não tem flechas para seu arco. Isto pode
significar que se governo será conquistado
por diplomacia pacífica, em vez de força
militar. Em contraste com esta visão, Jesus Cristo será o
conquistador no final da Tribulação, como descrito em Apocalipse 19; Cavalo Vermelho: Simboliza a guerra;
Cavalo Preto: Simboliza a fome, escassez e crise
econômica;
Cavalo Amarelo: Simboliza a morte;
b) O quinto Selo (Ap 6:9-11):
As almas estão debaixo do altar, pedindo vingança. É dito para elas que esperem um pouco mais. Muitos estudiosos são de opinião que estas almas são dos mártires dos séculos passados. Todavia, esta
hipótese é contestada, pois estes estarão coroados e
glorificados com Cristo, depois do Arrebatamento. Assim, estas almas poderiam
ser 32 explicadas como sendo resultado do terror do anti-Cristo, ou seja,
pessoas que foram executadas sem misericórdia, por se
converterem a Jesus, durante a Tribulação;
c) O sexto Selo (Ap 6:12-17): Cataclismos virão sobre a Terra, com transtornos cósmicos,
efeitos no
sol e lua, terremotos e muito pânico entre as nações que
procurarão se esconder em cavernas, buscando a morte;
Estes terríveis juízos prenunciam a segunda vinda de Jesus
Cristo;
d) Selagem dos Judeus (Ap 7:1-8):
Refere-se a um grupo de judeus, salvos e preservados na
Terra durante a Grande Tribulação para testemunharem de Cristo.
Entre as doze tribos não aparecem Dã e Efraim. Seus nomes são
substituídos
pelos de José e Levi. Alguns estudiosos acreditam que as 2
tribos se converterão com a pregação dos 144.000;
e) Multidão de Salvos (Ap
7:9-17):
São de todas as nações da Terra, compostas de gentios e
judeus;
f) O sétimo Selo composto de sete Trombetas (Ap 8:1-13,
9:1-21 e 11:15-19):
1ª Trombeta: Simboliza uma saraiva e fogo com sangue que
são
lançados à Terra, queimando a terça parte da flora
terrestre;
2ª Trombeta: Simboliza que algo como uma montanha ardente
cai no
mar tornando a terça parte do das águas em sangue e matando
a terça
parte dos animais marinhos e destruindo a terça parte das
embarcações;
3ª Trombeta: Simboliza que a uma grande estrela cairá nas águas
doces, potáveis, tornando-as amargas, matando muitos homens
(existe
um paralelo com o texto de Jr 9:15); 33
4ª Trombeta: Simboliza que haverá um eclipse quando é
ferida a terça
parte do sol e da lua, reduzindo em um terço o brilho destes
astros;
5ª Trombeta (1º Ai): Trata-se de um dos três “ais” do
Apocalipse,
quando haverá a abertura de um abismo e uma invasão
demoníaca de
grandes gafanhotos (Ap 9:1-12) que atormentarão os homens
por cinco
meses, exceto os homens que têm o Selo de Deus;
6ª Trombeta (2º Ai): Simboliza um exército de 200 milhões
de
cavaleiros que saem do Oriente, liderados por quatro anjos
infernais,
atravessam o Rio Eufrates com o propósito de alcançar o
Oriente Médio
e matam a terça parte da Humanidade;
7ª Trombeta (3º Ai): Anunciará o fim do sistema do
anti-Cristo que será
substituído pelo sistema de Cristo. Não é sabido por quanto
tempo se
ouvirá esta trombeta, mas será durante vários dias, pois é
utilizado o
plural “nos dias”;
g) Um Livrinho (Ap 10):
Este capítulo de Apocalipse fala de um livrinho que foi
comido pelo
apóstolo João. Era amargo no estômago, devidos aos
sofrimentos
contidos na obra e doce na boca, por causa das boas novas
quanto ao
estabelecimento do Reino de Deus na terra dos viventes;
h) Duas Testemunhas (Ap 11:1-14):
Duas testemunhas ministrarão na Terra na primeira metade
da Grande
Tribulação. Os estudiosos divergem sobre quem seriam tais
personagens. Grande parte dos pesquisadores escatológicos
acredita
que uma delas seria o profeta Elias. Em relação à outra
testemunha, as
opiniões divergem entre Moisés e Enoque; 34
i) A Mulher e o Dragão (Ap 12:1-17):
A mulher é simbolicamente Israel e o Dragão que por meio
de Herodes tentou matar o Filho, é satanás;
j) A primeira Besta (Ap 13:1-10):
Será um gentio, pois que subirá do mar e terá influência
mundial,eliminando três reis no seu levantamento que se dará por
causa do seu programa de paz. Governará e fará aliança de sete anos com
Israel (Dn 9:27). Introduzirá culto idólatra. Será exaltado com a intervenção da prostituta (sistema religioso corrupto e que tentará dominá-lo).
Este sistema será destruído por ele, podendo assim, governar sem
impedimento algum (Ap 17:16-17). Receberá poder de satanás
para governar por sete anos e será blasfemo, porque assumirá para
si a deidade. Seu reinado terá fim após intervenção direta de
Deus em juízo
(Ap 19:19), quando então será lançado no lago de fogo, na
segunda vinda de Cristo. Seu reino passará para o domínio do Cristo
(Dn 7:27);
k) A segunda Besta (Ap 13:11-18):
Deverá ser um judeu, visto que emerge da terra, isto é da
Palestina. Parece um cordeiro, mas será motivado por satanás, falando
como um dragão. Promoverá o culto idólatra em todo o planeta e
seduzirá o
mundo para que adore a besta. Terá ainda, um ministério
repleto de grandes sinais e terá o poder econômico e comercial em sob
seu domínio. Marcará a população com o número 666;
l) Os 144.000 e as Vozes (Ap 14:1-5):
Os 144.000 estarão no monte de Sião, entoando um novo
cântico que
somente eles conhecem;
1ª Voz: temos o Evangelho eterno para ser pregado;
2ª Voz: temos o anúncio da queda da Babilônia; 35
3ª Voz: temos o anúncio do castigo da Babilônia;
4ª Voz: Bem-aventurados os que morrem no Senhor;
m) As sete Taças da Ira (Ap 15:1, 16:12 e 17:21):
1ª Taça: É derramada sobre a terra, sobre os homens que
possuem a
marca da besta, para que sejam assolados com úlceras
malignas e
perniciosas;
2ª Taça: É derramada sobre o mar que tornou-se em sangue, extinguindo toda a vida ali existente;
3ª Taça: É derramada nas águas potáveis que se transformam
em sangue;
4ª Taça: É derramada no sol, para gerar intenso calor e
queimar os
homens. Em conseqüência disto, os homens blasfemaram contra
Deus;
5ª Taça: É derramada no trono da besta, tornando-o
tenebroso e
fazendo com que os homens sofram males e grandes dores, ao
ponto
de morderem suas línguas em terrível angústia;
6ª Taça: É derramada no rio Eufrates, preparando o caminho
dos reis
do Oriente, que irão a batalha do Armagedom;
7ª Taça: É derramada no ar, com relâmpagos, vozes e trovão.
Grande
terremoto destrói várias cidades e acontecimento de grande
saraivada.
Batalha do Armagedom e o Retorno Triunfal de Cristo Na Bíblia, lemos sobre a Batalha do Armagedom em Daniel 11:40-45, em Joel 3:9-17, em Zacarias 14:1-3 e em Apocalipse 16:14-16. Esta histórica batalha
Batalha do Armagedom e o Retorno Triunfal de Cristo Na Bíblia, lemos sobre a Batalha do Armagedom em Daniel 11:40-45, em Joel 3:9-17, em Zacarias 14:1-3 e em Apocalipse 16:14-16. Esta histórica batalha
acontecerá nos últimos dias da Tribulação e
concomitantemente ao retorno de Cristo à Terra. O apóstolo João nos fala que os reis do mundo se reunirão para guerra "...no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Ap 16:16).
Este local fica na planície que fica ao norte de Israel. 36
Esta batalha está associada à segunda vinda de Jesus Cristo,
pois segundo as Escrituras Sagradas, grandes exércitos do Oriente e do
Ocidente marcharão para aquela planície, quando então, o anti-Cristo lutará com seu
exército, mas o Cristo destruirá os exércitos, capturará o anti-Cristo e Falso
Profeta e os lançará no lago de fogo (Ap 19:11-21). Jesus descreve quando será esta batalha no Evangelho de
Mateus: 24:29-31: “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a
lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão
abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as
tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens
do céu, com poder
e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor
de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus".
O que significa Armagedom?
A palavra
"Armagedom" vem do hebraico
Har Megiddo, que significa Monte Megido. Este monte está situado no vale de Jezreel (nome
hebraico), conhecido como vale de Megido,
por causa da cidade de Megido que fica a oeste da planície.
Segundo especialistas em história, houve mais guerras em Megido do que em qualquer outro lugar do planeta, por ser muito bem
estrategicamente localizado. Chegam a concluir que a cidade de Megido foi construída e
destruída mais de 25 vezes. Também, o estrategista militar francês, Napoleão Bonaparte, chegou a declarar certa vez que o local seria o mais ideal campo de
batalha do mundo.
As oito fases do Armagedom
Para melhor entendimento do que se passará na Batalha de
Armagedom,
listamos a seguir oito fases deste extraordinário
acontecimento: 37
a) Reunião dos aliados do anti-Cristo (Sl 2:1-6, Jl 3:9-11 e
Ap 16:12-16);
b) Destruição da Babilônia (Is 1:13-14, Jr 50:51, Zc 5:5-11
e Ap 17:18);
c) Queda de Jerusalém (Mq 4:11, 5:1 e Zc 12:14);
d) Exércitos do anti-Cristo em Bozra (Jr 49:13-14 e Mq
2:12);
e) Regeneração nacional de
Israel (Sl 79:1-13, Is 64:1-12,
Os 6:1-13, Zc
12:10 e Rm 11:25-27);
f) Segunda vinda de Jesus Cristo (Is 34:1-7, 63:1-3, Mq
2:12-13 e Hb 3:3);
g) Batalha de Bozra até
o vale de Josafá (Jr 49:20-22, Jl 3:12-13 e Zc 14:12-15);
h) Ascenção vitoriosa no Monte das Oliveiras (Jl 3:14-17, Zc
14:3-5, Mt 24:29-31
e Ap 16:17-21, 19:11-21). Retorno Glorioso de Cristo
e Ap 16:17-21, 19:11-21). Retorno Glorioso de Cristo
A Batalha do Armagedom é marcada por outra invasão! Só que
desta vez, a invasão virá pelos ares. O Cristo que foi rejeitado e morto pelos judeus, virá gloriosamente em socorro deles, para livrá-los das garras do
anti-Cristo. Vejamos os fatos sobre este acontecimento:
a) Jesus Cristo descerá no Monte das Oliveiras, no mesmo lugar que ascendeu ao céu, quando de sua ressurreição, descrito no
livro de Atos dos Apóstolos 1:9-12 e conforme previsto pelo profeta
Zacarias no
capítulo 14;
b) A Igreja virá do céu em companhia do Cristo (Jd 1:14, Ap
19:14 e Zc 14:5);
c) Todo joelho se dobrará diante de Cristo (Sl 86:9, Rm
14:11, Fp 2:10 e Ap15:4);
d) Todo olho verá a Cristo (Ap 1:7). 38 Jesus guerreará com o anti-Cristo, derrotando-o por
completo, cumprindo a primeira profecia da Bíblia descrita no livro de Gênesis
3:15 e esmagará a cabeça de satanás (Rm 16:20).
Vejamos mais alguns detalhes da vinda triunfal do Cristo:
a) Ele é fiel e verdadeiro (Ap 19:11): Este título demonstra o caráter de Cristo;
b) De sua boca sairá uma espada aguda (Ap 19:15): Assim como
Ele chamou este mundo à existência pela Sua Palavra, proferida
de Sua boca, assim também Ele conquistará o mundo, provando ser o
Deus
Criador;
c) Seu nome será Rei dos Reis, Senhor dos Senhores (Ap
19:16): A humanidade passou sua existência à procura de alguém para servir.Todavia o único Senhor digno de ser servido é o Senhor Jesus
Cristo!
Quais os nomes do anti-Cristo?
Nas Escrituras Sagradas encontramos várias passagens sobre
os nomes do antiCristo. Vejamos:
a)
"Anti-Cristo" é uma expressão que encontramos apenas nas
epístolas de
João. Caracteriza em especial o seu caráter anticristão, o qual é expresso pelo fato de ele negar o Pai e o Filho (1 Ts
2:18-22);
b) "Homem da iniqüidade" (2 Ts 2:3). Toda a forma
de injustiça terá a sua plenitude num homem; a iniquidade será concentrada, por
assim dizer, num homem, que é aqui caracterizado como o "homem da iniquidade”;
c) Também é referido como o "filho da perdição" (2
Ts 2:3). Esta expressão caracteriza a sua horrível origem e o seu fim medonho;
d) "O
iníquo" (2 Ts 2:8) aponta-o como sendo o egoísmo personificado, em nítido contraste com Aquele que jamais buscou os Seus
próprios interesses e, em lugar disso, fez o que era do agrado do
Pai; 39
e) "Outra
besta" (Ap 13:11-16). Ele é o imitador de Cristo, em seu poder e em seu caráter; ele tem "dois chifres, parecendo
cordeiro", mas as suas palavras revelam a sua origem satânica, pois fala "como
dragão";
f) "O falso
profeta" (Ap 16:13 e Ap 19:20). Este nome mostra a sua influência enganadora, mediante a qual se apresentará à
rebelde Israel, como porta-voz de Deus;
g) "Pastor
inútil e insensato" (Zc 11:15-17). Em lugar de apascentar o rebanho, esse pastor -- que se levantará por justa
retribuição de Deus, porque Israel rejeitou os Pastores e o Rei da parte de Jeová -- tratará cruelmente o rebanho. Mas a espada (Juízo) lhe cairá sobre o
seu poder e inteligência ("seu braço e olho direito") de que
ele se enaltece;
h) "Homem
sanguinário e fraudulento" (Sl 5:6). Esta e outras denominações
nos Salmos referem-se ao anti-Cristo. O seu significado
provém do respectivo contexto.
O Milênio
A Bíblia Sagrada aborda em dezenas de textos do Antigo e do
Novo Testamento, o assunto referente a um reino futuro e terrestre, literal e
extraordinário e, celestial no que concerne ao seu caráter, que prevalecerá por 1000
anos. Por causa do período de mil anos criou-se a terminologia “Milênio”, que
também é citada na Bíblia, em Apocalipse 20:1-7.
A capital deste reino será em Jerusalém e Cristo reinará
sobre a terra, cumprindo as alianças abraâmica e davídica, bem como a nova aliança.
Será um período de paz, justiça, obediência e verdade!
No sistema teológico de interpretação dispensionalista, o
Milênio será a última dispensação, das sete existentes, a saber:
a) Inocência;
b) Consciência;
c) Governo Humano; 40
d) Promessa;
e) Lei;
f) Graça;
g) Milênio.
O Milênio também é chamado de “reino dos céus” (Mt 6:10),
“reino de Deus” (Lc19:11), “reino de Cristo” (Ap 11:15), “tempos de refrigério”
(At 3:19) e o “mundo por vir” (Hb 2:5).
Batalha Final
Batalha Final
A relação deste reino do Milênio com satanás é que neste
período o anti-Cristo estará acorrentado, porém sendo libertado no final dos mil
anos, para liderar uma revolta final contra o Cristo (Ap 20). Todavia, satanás será
vencido e lançado definitivamente no lago de fogo.
Satanás fará alianças com nações rebeldes contra o povo de
Deus. Mas, no final será envergonhado e derrotado por intervenção de Deus (Ap
9:10). Gogue e Magogue Em Apocalipse 20:8-10, numa profecia menos detalhada,
aparecem os nomes Gogue e Magogue, que já haviam sido mencionados pelo profeta Ezequiel nos capítulos 38 e 39. Todavia a passagem do Novo testamento não
tem nenhuma relação com as outras passagens do Antigo Testamento.
O Gogue e Magogue citados no texto apocalíptico estão
relacionados aos povos do Milênio que se rebelarão contra Deus e que lançarão um
frenético ataque contra os santos de Deus, sendo coordenados por satanás. Ao
final, sairão derrotados! 41
Juízos Futuros
Existem seis tipos de juízos mencionados na Bíblia que
examinaremos sob os
seguintes aspectos: Sujeito, Lugar, Tempo, Base de
Julgamento, Resultado e
Textos.
a) 1º Juízo:
Sujeito: Crentes com respeito ao pecado;
Lugar: Calvário;
Tempo: 30 a.C.;
Base de Julgamento: A obra consumada por Cristo;
Resultado: Morte de Cristo e Justificação para o pecador
que crê em
Jesus Cristo;
Textos: Rm 10:4, Gl 3:13, 1 Pe 2:24, Rm 8:1-2 e Jo
5:24;
b) 2º Juízo:
Sujeito: Crentes com respeito às obras;
Lugar: Tribunal de Cristo no Céu;
Tempo: Depois do Arrebatamento da Igreja;
Base de Julgamento: Suas obras após a salvação;
Resultado: Recompensa ou perda da recompensa;
Textos: 2
Co 15:10, Rm 14:10, Tg 1:12, Ap 2:10, 1 Pe 5:4, 1 Ts 2:19-
20, Fl 4:1,
Dn 12:1, 2 Tm 4:8, 1 Co 3:11-15 e 1 Co 9:25-27;
Obs.: TIPOS DE RECOMPENSA (GALARDÃO):
Coroa da Vida (Coroa de Mártir): Os que não recuaram em
face
da morte (Tg 1:12 e Ap 2:10); 42
Coroa da Glória (Coroa do Pastor ou Mestre): Não serviram
por
motivo do ganho desonesto e nem tentaram dominar a herança
do Senhor (1 Pe 5:4);
Coroa da Alegria (Coroa do Ganhador de Almas): Os que
ganharam almas para Jesus (1 Ts 2:19-20, Fl 4:1 e Dn 12:1);
Coroa da Justiça (Coroa de quem aguarda a vinda de
Cristo):
Os que acreditaram e esperaram o retorno do Senhor (2 Tm
4:8);
Coroa Incorruptível (Coroa do Vitorioso): Para aqueles que
vivem no Espírito (1 Co 9:25-27);
c) 3º Juízo:
Sujeito: Os Judeus (Israel) vivos na segunda vinda de
Cristo;
Lugar: Jerusalém e vizinhanças;
Tempo: Grande Tribulação e na segunda vinda de Cristo;
Base de Julgamento: Rejeição de Israel a Deus, a Jesus e
ao Espírito
Santo;
Resultado: Israel será convertida, aceitando Jesus como
seu Messias.
Os salvos entrarão no reino e os perdidos serão lançados no
lago de
fogo;
Textos: Ez 20:33-38, 22:19-22, Jr 30:4-7 e Dn 12:1;
d) 4º Juízo:
Sujeito: As Nações ou Gentios vivos na época da volta de
Cristo;
Lugar: Trono da Glória, no Vale de Josafá;
Tempo: Logo após a vinda de Cristo;
Base de Julgamento: A maneira em que trataram os judeus,
os irmãos
de Jesus; 43
Resultado: Algumas nações salvas e outras destruídas. Os
salvos
entrarão no reino e os perdidos serão lançados no lago de
fogo;
Textos: Mt 25:31-46 e Jl 3:2;
e) 5º Juízo:
Sujeito: Os mortos ressuscitados ou os mortos
não-redimidos;
Lugar: Perante o Grande Trono Branco;
Tempo: Durante a renovação da terra pelo fogo;
Base de Julgamento: O que faz serem julgados é a rejeição
da
salvação em Cristo e o fogo do juízo é a demonstração de que
pelas
próprias más obras merecem a punição eterna;
Resultado: Lançados no lago de fogo para sempre;
Textos: Ap 20:11-15 e Jo 5:38;
f) 6º Juízo:
Sujeito: Os Anjos Caídos;
Lugar: Não especificado;
Tempo: Provavelmente depois do Milênio;
Base de Julgamento: Desobediência à Deus ao seguirem a
satanás em
sua revolta;
Resultado: Lançados no lago de fogo;
Textos: Jd 6 e 1 Co 6:3.
Ressurreições
Analisaremos a seguir dois tipos de ressurreição que
ocorrerão no final dos
tempos: 44
a) Ressurreição dos Justos (Lc 13:14 e Jo 5:28-29):
Inclui os mortos em Cristo, que são ressuscitados no Arrebatamento
da Igreja (1 Ts 4:16);
Inclui os salvos durante o período da Tribulação (Ap
20:4);
Inclui os santos do Antigo Testamento (Dn 12:2 - Alguns
crêem que
serão ressuscitados no Arrebatamento; outros pensam que isso
se
dará na segunda vinda). Todos estes são incluídos na primeira
ressurreição;
b) Ressurreição dos Ímpios (Ap 20:11-15):
Todos os não-salvos serão ressuscitados depois do Milênio
para
comparecerem perante o Grande Trono Branco e serem julgados.
Esta segunda ressurreição resulta na segunda morte para
todos os
envolvidos.
Nova Jerusalém
Nos capítulos 21 e 22 do Apocalipse encontramos informações
sobre a Nova
Jerusalém:
a) Nova Ordem: Fim da velha ordem e início da nova ordem –
novo céu e
nova terra; Deus diz ao apóstolo João: “eis que faço novas
todas as
coisas” (Ap 21:5); “esperamos novos céus e nova terra nos
quais habita
justiça” (2 Pe 3:13);
b) Mar: Símbolo de luta e dominação, de mistério e perigo;
por outro lado,
diz que todas as coisas são recriadas (Ap 21:5);
c) Cidade Santa: Assim como Babilônia é símbolo do sistema
contra Deus,
assim Jerusalém é símbolo da habitação de Deus e do Seu
povo; 45
d) Tabernáculo de Deus: Deus habitará com os homens – este é
ponto
máximo da bendita esperança cristã; “contemplarão a Sua face” (Ap
22:4);
e) Cidadãos dos Céus: Os vencedores têm acesso, mas há lista
de pessoas
que não têm permissão para entrar (Ap 21:8; Ap 22:15 e Sl
15);
f) Descrição da Cidade: A glória da Jerusalém Celestial;
suas medidas,
portas e fundamentos (Ap 21:9 até Ap 22:5);
g) Templo: Não háverá
templo na cidade, porque Deus habita com os
homens (Ap 21:22) e os santos contemplarão a Sua face (Ap
22:4). 46
Conclusão
O presente trabalho foi apresentado de forma resumida,
todavia os principais
aspectos escatológicos foram abordados e ficou claro que o
assunto é atual e de
suma importância para a Igreja de Cristo, pois reflete as
promessas e profecias
que se cumpriram e que ainda se cumprirão.
Vivemos em um mundo conturbado, injusto e sem amor, sendo
coordenado
momentaneamente pelo príncipe deste mundo... Enquanto
esperamos os grandes
acontecimentos finais, você já parou para refletir como está a sua vida cristã
hoje? "Portanto,
vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim
como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus"
(Ef 5:15-16).
Se Jesus Cristo voltasse hoje você estaria preparado ou se
surpreenderia? É
claro que a resposta seria que estaria preparado, caso você seja um cristão
verdadeiro! Porém, o mundo e os ímpios que nele habitam
certamente se
surpreenderão! Pois Ele virá em Glória “num abrir e fechar
de olhos”...
O livro do Apocalipse e a Escatologia – Doutrina das Últimas
Coisas nos
fornecem noções para nos posicionarmos nesta guerra
espiritual, pois é certo que
há uma atuação maligna agindo aqui na Terra tentando nos
tirar do caminho e
nos iludir a cada instante!
Devemos lembrar que antes de todas estas coisas
apocalípticas acontecerem,
sinais precederão as mesmas e os selos apocalípticos deverão
ser abertos, um a
um. Mas, devemos vigiar e orar. Em Mateus 24:45-46 está
escrito: “Quem é, pois
o servo fiel e prudente, que o senhor pôs sobre os seus
serviçais, para a tempo
dar-lhes o seu sustento? Bem-aventurado aquele servo a quem
o seu senhor,
quando vier, achar assim fazendo”. Seja fiel ao Senhor dos
Senhores! E jamais se
esqueça: vigie sempre! Assim, você garantirá seu lugar
quando o Arrebatamento
acontecer e estará livre da Tribulação.
Lembre-se que a primeira vinda de Jesus Cristo, ou seja, seu
nascimento entre
nós é uma promessa cumprida! Que a certeza da segunda vinda
de Jesus Cristo
seja para você boa expectativa e fator motivador para que
você seja obediente e
tenha compromisso com o Rei dos Reis! Amém! 47
Pequeno Glossário Escatológico
Anti-Cristo –
Espírito e/ou personificação daquele que nega a Jesus o Cristo;
satanás; inimigo. "Mas é o espírito do anti-Cristo de
cuja vinda tendes ouvido, e já
está agora no mundo." (1 Jo 4:3);
Apocalipse - Significa Revelação. Referido em 1 Co 1:7 como
a revelação ou
manifestação de Jesus por ocasião de sua vinda;
Apostasia – Perda de fé em massa da população e/ou traição a
fé;
Crente – Que crê; aquele que acredita na existência de Deus;
Dogma – Ponto
fundamental e indiscutível de uma
doutrina religiosa; opinião
aceita e apresentada como incontestável e indiscutível;
Doutrina – Conjunto de princípios em que se baseia um
sistema religioso, político
ou filosófico; conjunto dos dogmas de uma religião;
Escatologia - estudo sobre os últimos acontecimentos. O
vocábulo Escatologia é
formado de duas palavras gregas: escathos, que significa último, e logos, que
significa ciência;
Fé – Palavra do
latim fides. O termo é empregado em muitas
acepções que
poderiam ser divididas em profanas e religiosas. No sentido
profano, significa dar
crédito na existência do fato, fazer bom juízo sobre alguém,
expressar sinceridade
no modo de agir, etc. Quando o testemunho no qual se baseia
a confiança
absoluta é a revelação divina, fala-se de Fé no seu sentido
religioso. A Fé, neste
sentido, não é um ato irracional;
Fim do Mundo – termo popular e mundano para o fim dos
tempos. Algumas
pessoas traduzem o termo como o fim da humanidade, mas não é
verdade, será
apenas o fim dos maus e triunfo dos bons com Jesus Cristo;
Fim dos Tempos – Época que precede a vinda de Jesus, quando
acontecerá o
fim do tempo de dominação de satanás. No Apocalipse,
anuncia-se, portanto, a
proximidade da hora para a vinda do Senhor;
Gentios – O termo "gentio" é tradução da palavra hebréia goi
que significa
membro de um povo não-judeu. Considerando-se filhos de
Abraão, com quem
Deus celebrou uma Aliança especial, os judeus fizeram nítida
distinção entre eles
mesmos e as outras nações;48
Juízo Final – Também chamado de Juízo coletivo, acontecerá
por ocasião da
volta gloriosa de Cristo. "Não vos maravilheis disso,
porque vem a hora em que
todos os que se acham nos sepulcros sairão deles ao som de
sua voz: os que
praticaram o bem irão para a ressurreição da vida, e aqueles
que praticaram o
mal ressuscitarão para serem condenados" (Jo 5: 28-29);
Profecia – 1) Na tradição bíblica, é a mensagem de Deus transmitida por um
profeta, com freqüência a denunciar pecados de uma pessoa,
do povo de Deus
ou dos gentios. Todavia, há profecias de anúncio dos
desígnios misericordiosos
de Deus, entre as quais os messiânicos. No Novo Testamento,
Jesus Cristo é a
pessoa onde se realizaram as profecias antigas, e, ao mesmo
tempo, Ele é o
grande Profeta que anunciou com a maior segurança
acontecimentos como a Sua
morte e ressurreição, o envio do Espírito Santo, a
destruição do Templo de
Jerusalém, dentre outras coisas; 2) Em teologia, profecia é,
em sentido lato, toda
a proclamação da Palavra de Deus, equivalente a revelação. É
também a
predição de um acontecimento naturalmente imprevisível,
situando-se entre o
milagre, com grande valor apologético.
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